Presidente Alvaro Uribe quer ação na Corte Penal Internacional. Crise foi gerada após morte de número 2
Foto: Reuters O presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, afirmou nesta terça-feira (4) que seu país vai denunciar Hugo Chávez, o presidente da Venezuela, na Corte Penal Internacional por "patrocinar e financiar genocidas".
Uribe disse aos jornalistas que o embaixador colombiano nas Nações Unidas anunciará que seu país já inicizu os trâmites do processo.
O governo colombiano assegurou na véspera ter encontrado uma carta que compromete Chávez com o financiamento de US$ 300 milhões (cerca de R$ 490 milhões) para a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A carta foi encontrada, segundo Bogotá, em um computador achado no local em que morreu, no sábado, o número dois dessa guerrilha, Raúl Reyes, em um ataque das forças colombianas no Equador.
Chávez determinou nesta terça-feira (4) o fechamento de sua fronteira com a vizinha Colômbia após a crise gerada com a morte de Raul Reyes.
O anúncio do fechamento da fronteira foi feito após mais tropas venezuelanas serem enviadas à região e também depois de Chávez expulsar o embaixador e os funcionários da embaixada da Colômbia em Caracas.
O fechamento das fronteiras acontece horas depois de o vice-presidente colombiano, Francisco Santos Calderón, acusar as Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc), de armar uma "bomba suja". A acusação foi feita nesta terça-feira (4) em Genebra, durante a Conferência de Desarmamento das Nações Unidas.
Calderón afirmou que a informação foi encontrada nos computadores de Raul Reyes, número 2 das Farc, morto no último sábado (1), em uma ação militar em território equatoriano.
Nas palavras do vice-presidente colombiano, a guerrilha "estaria negociando material radioativo para gerar armas sujas de destruição e terrorismo".
"Esta informação está sendo submetida a um processo de verificação com acompanhamento internacional", disse Calderón, que afirmou ainda que as Farc fazem uso de dinheiro do narcotráfico.
Esta não foi a primeira acusação do governo colombiano desde o ataque ao líder das Farc no sábado. Antes, disse que a Venezuela entregou US$ 300 milhões aos guerrilheiros. Bogotá acusou também a existência de "acordos do grupo terrorista Farc com os governos de Equador e Venezuela", o que foi negado pelos governos de Quito e Caracas.
Fonte:
|