Condoleezza Rice, secretária de Estado dos EUA, sorri antes de entrevista coletiva no Egito após chegar ao Oriente Médio
Foto: Amr Dalsh/Reuters A secretária de Estado americana Condoleezza Rice chega a Israel nesta terça-feira, onde vai tentar resgatar o processo de paz entre israelenses e palestinos, depois que o presidente palestino Mahmoud Abbas suspendeu as negociações por causa da ação militar israelense no norte da Faixa de Gaza, que deixou mais de 100 mortos no fim-de-semana.
Rice esteve no Egito nesta terça-feira de manhã, onde disse que os Estados Unidos estão preocupados com a perda de vidas inocentes, mas responsabilizou o Hamas pela ação, tomada em resposta ao lançamento de foguetes contra alvos no sul de Israel por militantes palestinos.
A secretária de Estado disse ainda que as negociações não podem ser sabotadas por aqueles que se opõem a um acordo de paz. Além de visitar Israel, ela também deve se reunir com líderes palestinos durante a viagem.
"É preciso um processo de paz ativo para se contrapor aos esforços dos opositores para evitar que a paz seja alcançada", disse Rice a jornalistas no Cairo.
"Aqueles que estão lançando os foguetes não querem paz, eles semeiam instabilidade, é isso que o Hamas está fazendo." Na segunda-feira, Israel retirou suas tropas da Faixa de Gaza, mas advertiu que a operação contra o lançamento de foguetes de territórios palestinos "não acabou".
Resgate Três israelenses morreram nos confrontos recentes - um civil, morto por um foguete palestino e dois soldados, mortos nos combates em Gaza.
A viagem da secretária de Estado tinha sido planejada havia algumas semanas e tinha como objetivo avançar nas negociações de paz, depois que os dois lados assumiram o compromisso de tentar chegar a um acordo em uma conferência em novembro, nos Estados Unidos.
Mas em vez disso, Condoleezza Rice se viu no papel de tentar resgatar as negociações, tentando convencer os dois lados a voltar a sentar à mesma mesa, afirma o correspondente da BBC em Washington, Kim Ghattas.
A recente violência também mostrou as limitações da estratégia do governo de George W. Bush de conversar apenas com o presidente da Autoridade Palestina, ignorando o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, afirma o correspondente da BBC.
O grupo militante Hamas não reconhece Israel e se opõe ao processo de paz. O grupo expulsou as forças de Abbas da Faixa de Gaza em junho passado, mas o presidente permanece em controle de algumas regiões na Cisjordânia.
Alarme internacional O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, advertiu que a recente ofensiva em Gaza não foi um evento único.
Olmert disse ao comitê parlamentar de assuntos estrangeiros e defesa que "tudo é possível... ataques aéreos, ataques terrestres e operações especiais estão sendo discutidos".
Segundo fontes médicas palestinas, pelo menos 112 palestinos, inclusive mulheres e crianças, foram mortos na ação militar desde quarta-feira.
A comunidade internacional se mostrou alarmada com a escala da operação.
A União Européia criticou o que chamou de "uso desproporcional de força" de Israel e pediu o fim imediato dos ataques com foguetes de militantes palestinos contra israelenses.
Rice tenta resgatar negociações de paz no Oriente Médio
Fonte: http://noticias.uol.com.br
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