Categoria Politica  Noticia Atualizada em 04-03-2008

Governador da PB diz não temer perder o mandato
TRE-PB já cassou o mandato de Cássio Cunha Lima em duas ocasiões
Governador da PB diz não temer perder o mandato
Foto: Reprodução/TV Globo

Apesar de se manter no cargo graças a uma liminar obtida no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), afirmou nesta terça-feira (4), em Belo Horizonte (MG), onde se encontrou com colega Aécio Neves, que não teme perder o mandato.

"Não temo porque a decisão do TRE da Paraíba cabe recurso a essa decisão. Já o fizemos e tenho certeza que no TSE, no exame cauteloso do que efetivamente aconteceu, se perceberá que eu fui condenado por, simplesmente, algo que não fiz", disse o tucano.

Em dezembro do ano passado, o TRE-PB cassou o mandato de Cunha Lima por supostamente ter usado o jornal oficial "A União" em benefício próprio nas eleições 2006. No entanto o governador conseguiu uma liminar para continuar no cargo.

Este não é o único processo contra Cunha Lima. Em julho, juízes do TRE-PB tinham cassado o mandato do governador porque entenderam que houve crime eleitoral na distribuição de 30 mil cheques da Fundação de Ação Comunitária (FAC), na campanha eleitoral de 2006. Na ocasião, os advogados do governador também conseguiram uma liminar.

Cunha Lima, no entanto, nega qualquer irregularidade nas eleições. "O que se falou é que eu teria feito distribuição de cheques. Nunca entreguei cheque a ninguém, tanto é que a motivação não foi a compra de votos, o chamado artigo 41A, mas sim a suposta utilização de programas do governo em promoção social."

Eleições 2010
Cunha Lima também defendeu o debate interno para a escolha do candidato do PSDB às eleições presidenciais de 2010. O governador da Paraíba evitou falar se tinha preferência pelo governador de Minas Gerais, Aécio Neves, ou pelo de São Paulo, José Serra.

"O importante é que o partido faça um debate interno, possa preservar aquilo que é essencial para a construção de um projeto de vitória, que é um debate interno, através seja de prévias ou qualquer outro instrumento de consulta. O que não será admissível é cartolada. Cartolada não, não dá", disse.

Reforma tributária
Sobre a proposta de reforma tributária do governo federal, o governador paraibano disse que é um "tema fundamental para o Brasil" e que é preciso "fazer um esforço" para se votá-la até julho, pois, neste ano, haverá eleições municipais.

"Dificilmente, se essa matéria não for votada e aprovada até o meio do ano, ela o será durante o ano de 2008, por uma razão simples: temos as eleições municipais. E o país precisa dela. Então, vamos fazer um esforço, compreendendo que o grande empenho deve ser por parte do governo federal", afirmou.

Fonte:

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Por:  Giulliano Maurício Furtado    |      Imprimir