Categoria Politica  Noticia Atualizada em 05-03-2008

Interferência dos EUA em crise é prejudicial, diz Amorim
Esse é um problema sul-americano e latino-americano, afirmou chanceler. E enfatizou que OEA precisa apresentar rápida solução para crise
Interferência dos EUA em crise é prejudicial, diz Amorim

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta quarta-feira (5) que a crise envolvendo Equador e Colômbia deve ser mantida no âmbito sul-americano e considera prejudicial qualquer interferência dos Estados Unidos.

"Este é um problema sul-americano, e latino-americano em seguida. Somos todos membros da Organização dos Estados Americanos e os EUA participam dela. Mas eu acho que quanto mais manter o problema no âmbito latino-americano mais chance de resolver e evitarmos uma polarização na região", disse Amorim.

Amorim enfatizou que a OEA deve apresentar uma solução hoje para a crise entre os dois países. Caso contrário, outros órgãos internacionais, como o Grupo do Rio, fórum de consultas políticas entre os países latino-americanos, podem tomar a dianteira das negociações.

"Essa questão deve ser resolvida hoje na OEA. Se não houver na OEA, a solução sai do âmbito da OEA e vai pro âmbito do Grupo do Rio", afirmou o ministro. Amorim disse confiar, pela conversa que manteve com o secretário-geral da Organização, José Miguel Insulza, numa solução.

"Verifico pelos depoimentos na OEA que há um desejo para uma conclusão. Isso é positivo. O teste não foi realizado ainda porque a resolução não foi aprovada. Eu espero que ela seja aprovada hoje e se possível por consenso", disse.

Amorim se esquivou de apresentar soluções prontas para a crise, mas afirmou que o fim do conflito passa pela retomada da dignidade do Equador.

O presidente do Equador, Rafael Correa, foi recebido nesta quarta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E, no encontro, o brasileiro voltou a oferecer apoio ao colega do pequeno país andino. "O presidente Lula manifestou solidariedade em face à violação territorial. Enfatizou muito a disposição de contribuir para o diálogo e para a solução pacífica para esse conflito", disse Amorim.

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Por:  Giulliano Maurício Furtado    |      Imprimir