Categoria Geral  Noticia Atualizada em 05-03-2008

Deficientes físicos e portadores de doenças degenerativas
Portadores de necessidades especiais chegam ao Supremo Tribunal Federal (STF) para assistir ao jugamento
Deficientes físicos e portadores de doenças degenerativas
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Grupos de deficientes físicos e portadores de doenças degenerativas reuniram-se, nesta quarta-feira, para assistir ao julgamento da ação que pede a inconstitucionalidade da Lei de Biossegurança, no STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília.

"Temos que mostrar a cara, mostrar que existimos para estimular a aprovação do uso das células-tronco embrionárias", afirma o cadeirante André Henrique Ferreira. Ele veio de São Paulo com um grupo de deficientes físicos convidado pela vereadora paulistana Mara Gabrilli (PSDB), que é tetraplégica.

Depois de sofrer um acidente de moto em 2002 e passar a andar em cadeira de rodas, o engenheiro começou a estudar o assunto. "Pelo que li, as pesquisas com ratos trazem bons resultados, mas sei que há um longo caminho pela frente", opina.

ONGs e entidades representativas também compareceram, em peso, ao STF. Para Susy Gomes, diretora da associação Pró-Vida Família, acredita que um eventual adiamento do julgamento por pedido de vista seria útil para que haja mais tempo para esclarecer à população que as pesquisas com células-tronco embrionárias não são fundamentais. "Muitos dos que estão lutando, aqui, não sabem que isso é desnecessário", opina, referindo-se aos estudos que trazem a possibilidade de induzir células-tronco adultas a agirem como embrionárias. Segundo ela, muitos integrantes da entidade são portadores de deficiência e, quando descobrem que existe alternativa, passam a ser contra o uso de embriões.

Para Kauara Rodriguez, representante do Centro Feminista de Estudos e Assessoria, a Lei de Biossegurança representa um avanço na ciência. Ela crê que o debate em torno de quando começa a vida não se aplica à questão das células-tronco embrionárias. "Acreditamos que há uma influência moral e religiosa que atenta contra a laicidade do Estado".

Deficientes físicos e portadores de doenças degenerativas assistem ao julgamento no STF

Fonte: Claudia Chrystina de Oliveira
http://cienciaesaude.uol.com.br
 
Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir