O valor dos pedidos de maquinaria no Japão cresceu 19,6% em janeiro em relação ao mês anterior
María Luisa González
Madri, 9 mar (EFE).- Os socialistas de José Luis Rodríguez Zapatero governarão outros quatro anos após vencerem as eleições gerais realizadas hoje na Espanha, nas quais aumentaram seu número de cadeiras sem alcançar uma maioria absoluta.
Com 98% dos votos apurados, o Partido Socialista (PSOE) obtém 169 deputados frente aos 154 de seu principal rival, o conservador Partido Popular (PP), que melhora os resultados em relação í s eleições de 2004.
As duas principais forças políticas espanholas consolidam dessa maneira sua preponderância, já que ambas cresceram em número de votos e cadeiras, cinco para os socialistas, seis para os populares, somando as duas 92% das cadeiras no Parlamento.
O presidente José Luis Rodríguez Zapatero, que revalida o cargo após quatro anos de uma dura oposição do PP, proclamou perante seus simpatizantes que governará "com a mão firme, com a mão estendida".
"Acredito em uma Espanha unida e diversa que vive em liberdade e convive em tolerância", disse ao celebrar sua vitória, rodeado por outros dirigentes de seu partido e membros destacados do Governo como o ministro da Economia, Pedro Solbes, e de alguns dos artistas que o apoiaram durante a campanha.
A "grande vitória" obtida hoje, segundo definiu o "número dois" do PSOE, José Blanco, foi interpretada por Zapatero como a decisão dos espanhóis "de abrir uma nova etapa sem exaltações".
"Não economizarei esforços para conseguir sempre o apoio social e político mais amplo possível, e para assegurar a colaboração entre todas as administrações", destacou o líder socialista.
Os resultados destas eleições melhoram a situação e a margem de manobra do PSOE, embora o partido não tenha alcançado a maioria absoluta de 176 cadeiras.
Zapatero centrou grande parte de sua campanha em conseguir o que denominou "uma maioria suficiente" que lhe permitisse governar sem hipotecar as decisões de seu Executivo a pactos com outras forças, como os partidos nacionalistas.
O resultado obtido hoje deixa maior margem para ele, mas o obrigará a buscar apoios pontuais.
Para o líder do PP, que apostou muito nestas eleições, as segundas nas quais perde para Zapatero, o aumento no número de votos e cadeiras é um balão de oxigênio que pode representar que sua gestão não será abertamente questionada.
Rajoy perdeu as eleições de março de 2004, após o atentado múltiplo cometido por fundamentalistas islâmicos contra quatro trens de Madri três dias antes das eleições.
Seu papel nesta legislatura foi de confronto total com Zapatero, sobretudo por sua tentativa de buscar uma saída negociada com a organização terrorista ETA, que acabou fracassando.
A ETA atuou pela última vez na sexta-feira passada, o último dia da campanha eleitoral, quando assassinou a tiros um ex-vereador socialista no País Basco.
Os espanhóis foram hoje votar no meio da dor e da raiva por causa desse assassinato e responderam com uma em massiva afluência, 75%, aos múltiplos apelos realizados pelos dirigentes políticos e pela família da vítima para que fossem í s urnas e dessem dessa maneira uma resposta í violência terrorista.
Todos os dirigentes políticos renderam esta noite homenagem ao ex-vereador assassinado, Isaias Carrasco.
A vice-presidente do Governo, María Teresa Fernández de la Vega, dedicou a ele suas primeiras palavras "neste dia da liberdade e da democracia" e se dirigiu a sua família.
"Eu gostaria que sentissem que cada voto que foi emitido hoje é um abraço que estamos dando, que hoje todo o país está com eles e que nunca esqueceremos Isaias como não esqueceremos cada uma das vítimas" do terrorismo, assegurou.
Os vizinhos da última vítima da ETA na localidade basca de Mondragón deram hoje seu respaldo ao PSOE, o partido a que pertencia, onde foi a força mais votada, com 40,4% dos sufrágios.
Em geral, o Partido Socialista aumentou seus votos no País Basco (11 pontos) e na Catalunha (6 pontos) em detrimento dos partidos nacionalistas.
Um dos grandes perdedores destas eleições é a coalizão Esquerda Unida (IU), cujo líder, Gaspar Llamazares, reconheceu a "derrota sem paliativos", ao perder três de seus cinco deputados.
Ao congresso, com um só deputado, chega uma força nova União, Progresso e Democracia (UPD), liderada por uma ex-veterana socialista Rosa Díez, que rompeu com Zapatero em desacordo com sua política com a ETA e com os nacionalistas.
Socialistas governarão de novo na Espanha nas eleições. O valor dos pedidos de maquinaria no Japão cresceu 19,6% em janeiro em relação ao mês anterior.
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