Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 13-03-2008

XADREZ POLÍTICO EM MARATAÍZES
Ano eleitoral acaba acontecendo tudo se espera de uma política interiorana, como peças no tabuleiro “candidatos à candidatura” se abraçam, se beijam, se arranham
XADREZ POLÍTICO EM MARATAÍZES
Foto: http://caetanobarata.files.wordpress.com

Ano eleitoral acaba acontecendo tudo que se espera de uma política interiorana, como peças no tabuleiro "candidatos à candidatura" se abraçam, se beijam, se arranham e por pouco não se esbofeteiam, Marataízes como não poderia ficar de fora tem mais um episódio na velha novela das eleições.

Estamos passando por momentos de crise no legislativo municipal por acordos ou desacordos firmados, ou nunca concebidos onde a imprensa local se esbalda com frases de expressão que deixam o eleitorado mais perdido que cego em tiroteio, pois não participam avidamente da vida política de seus candidatos. Não podemos afirmar os verdadeiros motivos de rompimentos momentâneos entre o vereador Professor Cléber e a presidente da Câmara de vereadores Íris Deslandes, mas ao que parece, e o próprio site divulgou, foi um não cumprimento de uma suposta divisão da presidência da Casa de Leis. Tudo isso se deve a aproximação de mais um pleito eleitoral que tem acirrado os ânimos de nossos representantes no legislativo.

Chamada de Gratz de saia a presidente se irritou e rebateu "Se ele quer a Presidência da Casa de Leis vai ter que rebolar", porém nada impede que numa das reuniões de cúpula seja selada a paz que na verdade nunca existiu naquele local.

Reuniões
Reuniões inacabáveis promovidas pelos caciques dos partidos acabam sem definição, pois tudo que se diz ali, ainda há de ser apreciado pela oferta do oponente, sim ele mesmo, o suposto adversário nas próximas eleições, poderá fazer uma melhor oferta e dar um lance mais agressivo liquidando a partida com um belo cheque-mate.

Peão
Os peões (puxa-saco de pré-candidato) aqui ficam como pêndulos de Newton, tomando uma porrada de cada vez para se movimentar, às vezes se arriscam em sua trajetória frontal e acabam sempre levando uma pernada do cavalo e desabam sobre o tabuleiro.

Torre
As torres obviamente são os locais de encontro desses que desejam manter-se no poder ou derrubar que o detêm, as opções tem sido muito sofisticadas, como clubes, residências particulares, hotéis, pousadas e até mesmo recantos bucólicos como o Bar do Micinho em Boa Vista, que diga-se de passagem é realmente uma ótima opção.

Cavalo
O cavalo, este sim deve ser aquele sujeito astuto que sabe como ninguém quando fazer seu lance no momento certo, seu movimento em L confunde os oponentes, é sempre um articulista agressivo que percebe o momento certo de fazer as alianças certas e derrubar as que não interessam. Sempre ávido busca o melhor para seu grupo e não pára diante de um obstáculo, com sua força é capaz de superar intempéries momentâneas.

Rainha
As rainhas são aqueles ou aquelas que têm transito livre em qualquer meio da sociedade, transita em qualquer direção do tabuleiro, geralmente não tem passado político, e neste caso sua rejeição eleitoral é praticamente nula, geralmente são utilizadas esposas de empossados que no fim de seu segundo mandato tentam manter-se por mais tempo no poder. A rainha pode falar de todos e prometer o que quiser, pois na política ninguém até então, tem nada contra seu passado e suas promessas ainda não foram quebradas.

Rei
O rei apesar de lento tem em seus movimentos grande poder de impacto e por onde pisa geralmente é seguido, tanto pelos que o querem derrubar, quanto pelos que querem e dão sua vida para o proteger, vive cercado em sua fortaleza de onde só sai quando se aproxima mais uma eleição. Esse pino é almejado por todos que compõem o tabuleiro político, por isso não se irrite se algum dia seu companheiro de partido te trair ou quebrar um acordo, lembre-se que na visão dele sempre esteve o mais alto cargo que sua competência pôde almejar e você não passou de um degrau para que ele chegasse mais próximo de seu objetivo.

    Fonte: O Autor
 
Por:  Adriano Costa Pereira    |      Imprimir