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O PAPA E O TERRORISMO
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Osama Bin Laden, o l�der da Al-Qaeda, grupo que promoveu os atentados terroristas aos Estados Unidos em setembro de 2001 Osama Bin Laden, o l�der da Al-Qaeda, grupo que promoveu os atentados terroristas aos Estados Unidos em setembro de 2001, apareceu recentemente em mensagens na TV acusando o Papa Bento XVI de ser respons�vel pelo que chamou de "nova cruzada contra os mu�ulmanos". Ele falava do �dio que o Ocidente estaria alimentando ao Isl�, referindo-se certamente a dois fatos concretos: a publica��o das charges em jornais europeus em que o profeta Maom� era representado, e o discurso de Bento XVI numa universidade alem� falando da rela��o da religi�o com a viol�ncia e citando um mu�ulmano. Bin Laden anda procurando motivos que justifiquem seus atentados terroristas. Vive elegendo �cones para o seu fanatismo, desculpas para extravasar o seu �dio que brota da deturpa��o mais c�nica da religi�o que professa. At� ent�o, ele se detinha nos chefes de Estados que considera inimigos: Estados Unidos da Am�rica, Espanha, Inglaterra etc... Agora ele resolveu inovar, usando, al�m de fundamenta��es religiosas, um alvo tamb�m religioso: o l�der m�ximo do cristianismo, o Papa. Se a Al-Qaeda tentasse e � Deus nos livre! � conseguisse assassinar Sua Santidade o Papa Bento XVI, especialmente na ocasi�o de sua visita planejada aos Estados Unidos neste m�s de abril, o mundo poderia entrar num colapso ainda mais denso que o de 2001. Claro, se isso viesse a acontecer, Bento n�o seria o primeiro Papa a sofrer atentado (basta lembrar a tentativa de assassinado de Jo�o Paulo II em 1981), mas certamente estaria inaugurando um novo tipo de mart�rio, o mais triste de toda a hist�ria do cristianismo; na verdade, a destitui��o completa da virtude de um m�rtir. Afinal, algu�m morrer por ser um seguidor de Jesus Cristo � uma honra imensa! Mas ser acusado de seguir George W. Bush!? Isso � o m�ximo da desonra!... Na Semana Santa, o Santo Padre pronunciou-se em resposta �s acusa��es de Osama Bin Laden, convocando os padres do mundo inteiro a n�o temerem diante dessas afrontas, mas a continuarem firmes diante dos perseguidores. O cristianismo contempor�neo muito se aproximou dos mu�ulmanos, tanto no di�logo como na cortesia. Os �ltimos papas do s�culo XX, sobretudo Paulo VI e Jo�o Paulo II, visitaram mesquitas, receberam in�meros l�deres do Isl� em audi�ncia, dirigiram mensagens por ocasi�o do Ramad� e outras festividades desses que s�o nossos "primos na f�". Afinal, os seguidores de Maom� tamb�m se consideram descendentes de Abra�o, admiram Jesus Cristo e a Virgem Maria. H� uma vers�o que diz que os �rabes que no s�culo VII aderiram ao Profeta se entendiam descendentes diretos de Ismael, o filho de Abra�o com a escrava Agar, que fugiu para o deserto. Essas acusa��es da Al-Qaeda s�o o pren�ncio do que vir� por a� para n�s crist�os. Aos poucos, iremos deixando de ser maioria na Europa, seja por causa do ate�smo e agnosticismo crescentes, seja por causa da grande entrada que os mu�ulmanos est�o empreendendo nos diversos pa�ses europeus. Eles geram muito mais filhos que os crist�os, apegam-se muito mais que n�s �s leis religiosas, deixam-se influenciar pela f� infinitamente mais do que n�s. Agora � a hora do di�logo. Ou aprendemos a conviver com o diferente agora, respeitando e conquistando o seu respeito, ou, permanecendo na defensiva e no preconceito, sucumbiremos sob as suas jihads. Fonte: O Autor
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| Por: Juliano Ribeiro Almeida | Imprimir |
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