Categoria Geral  Noticia Atualizada em 09-04-2008

Monges fazem novo protesto, e China coloca paramilitares
Pol�cia chinesa diz que deteve 953 pessoas em protestos dia 14 de mar�o.
Monges fazem novo protesto, e China coloca paramilitares
Foto: Yui Mok/AP

No dia em que se preocupa com a prote��o da tocha ol�mpica, agora nos Estados Unidos, a China viu um novo protesto dentro do seu territ�rio.

Um grupo de monges tibetanos fez uma nova manifesta��o diante de jornalistas estrangeiros nesta quarta-feira (9) em um monast�rio budista, desafiando as autoridades chinesas no noroeste da China.

Cerca de 15 monges do monast�rio Labrang, na prov�ncia de Gansu, se aproximaram dos jornalistas e iniciaram gritos de ordem e a favor de Dalai Lama.

A ag�ncia oficial de not�cias "China Nova" confirmou que os monges "interromperam" uma visita organizada para os jornalistas estrangeiros.

Tamb�m nesta quarta-feira, a pol�cia chinesa admitiu que deteve 953 suspeitos de participar dos dist�rbios de 14 de mar�o em Lhasa, capital do Tibete. A informa��o foi dada pelo presidente do governo da Regi�o Aut�noma do Tibete, Qiangba Puncog.

De uma lista de 93 suspeitos mais procurados, somente 13 foram detidos at� agora, disse. Al�m disso, Qiangba informou que a Justi�a emitiu ordens de pris�o contra 403 suspeitos.

Ressaltou que os causadores dos dist�rbios fazem parte de uma "minoria muito pequena" de civis e monges, que n�o "representam nem podem representar o povo tibetano."

O governante local afirmou que 362 pessoas se entregaram voluntariamente, das quais 328 foram liberadas devido a sua vontade de coopera��o e porque seus delitos terem sido menores.

O dirigente tibetano cifrou as perdas econ�micas durante os dist�rbios em US$ 4,2 milh�es, e disse que mais de 1.300 estabelecimentos comerciais ficaram danificados.
Segundo explicou, o governo utilizar� "m�ltiplos canais" como libera��o de impostos e de alugu�is para compensar todos os desabrigados, assim como as fam�lias dos mortos, que segundo os n�meros oficiais foram 19, em sua maioria civis de etnia Han.

Mais tocha
Desde que a tocha come�ou a sua caminhada pelo mundo para promover os Jogos Ol�mpicos de Pequim, que acontecer�o em agosto pr�ximo, a China deslocou centenas de paramilitares para tomar conta da tocha.

Segundo a ag�ncia de not�cias Associated Press, os homens que aparecem de uniforme azul ao lado da celebridade que carrega a tocha fazem parte da seguran�a chinesa. Todos eles sa�ram de Pequim com a �nica e exclusiva miss�o de proteger a tocha e a chama.

Cuidados especiais nos EUA e Argentina
Ap�s a ca�tica travessia da tocha ol�mpica dos jogos de Pequim por Paris, os pa�ses que ir�o receber a chama, entre eles os Estados Unidos e a Argentina, refor�aram as medidas de seguran�a para evitar que o percurso seja outra vez perturbado por militantes pr�-Tibete.

Para a etapa de S�o Francisco na quarta-feira, o prefeito Gavin Newsom previu uma forte presen�a policial e "uma adapta��o" permanente do trajeto da tocha conforme o desenrolar dos acontecimentos: "o itiner�rio n�o est� fixado. O percurso continuar� a ser alterado todo o tempo at� a chama passar", afirmou.

Por temor de incidentes, o bairro de Chinatown foi exclu�do do percurso.

Na noite de segunda-feira, militantes escalaram a famosa ponte de Golden Gate para pendurar bandeiras pr�-Tibete.

Os incidentes de Londres, no domingo, e de Paris, na segunda, alimentaram discuss�es sobre a oportunidade de uma revis�o do percurso da tocha pelo mundo (130.000 kms em mais de 20 pa�ses), antes dos Jogos Ol�mpicos em agosto.

Contudo, Jacques Rogge, presidente do Comit� Internacional Ol�mpico (COI), assegurou nesta ter�a-feira, para a rede p�blica de televis�o France 3, que essa possibilidade n�o existe. "� um rumor falso", afirmou.

As autoridades de Pequim t�m que prosseguir o seu caminho: "nenhuma for�a" poder� fazer parar a tocha, afirmou o Bocog, o Comit� organizador chin�s. A China anunciou, nesta ter�a-feira, que militantes pr�-Tibete eram os respons�veis pela "sabotagem" da etapa de Paris e pediu calma aos moradores de S�o Francisco, para que possam "mostrar o seu amor � paz e aos Jogos".

Para garantir a seguran�a da chama, as autoridades de Buenos Aires, onde a tocha ir� passar na sexta-feira ap�s S�o Francisco, mobilizar�o 1.200 policiais al�m dos 3.000 funcion�rios municipais e volunt�rios.

O ex-jogador de futebol Diego Maradona ser� o primeiro a levar a chama, que atravessar� a capital argentina, e a ex-tenista Gabriela Sabatini ser� a �ltima. Contudo, j� se espera que manifestantes protestem, para pedir um boicote dos Jogos de Pequim devido �s viola��es dos direitos humanos e � repress�o ao Tibete.

A �ndia, outra etapa de risco, decidiu encurtar o itiner�rio previsto de 17 de abril em Bombaim, para 3 quil�metros em vez dos 9 iniciais, temendo protestos da grande comunidade de exilados tibetanos (200.000 membros).

A Austr�lia, onde a chama passar� em 24 de abril em Canberra, refor�ou igualmente o seu dispositivo de seguran�a.

O primeiro-ministro Kevin Rudd assegurou que os servi�os de seguran�a da China, "os guardi�es da chama" de terno azul, n�o desempenhar�o nenhum papel na prote��o da tocha em Camberra.

A mesmo posi��o foi tomada pelo vice-ministro de Rela��es Exteriores da �ndia, Anand Sharma, para quem o pa�s "� capaz de assegurar a seguran�a".

Outras cidades onde a tocha ir� passar, como Jacarta, na Indon�sia, Nagano (Jap�o) e Hong Kong, por exemplo, j� afirmaram que ir�o rever a seguran�a do percurso.

(*) com informa��es da Efe, France Presse e Associated Press

Monges fazem novo protesto, e China coloca paramilitares para proteger tocha
Pol�cia chinesa diz que deteve 953 pessoas em protestos dia 14 de mar�o.
EUA e Argentina aumentam seguran�a pela tocha ol�mpica.

Fonte:

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir