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Bovespa segue mercado externo e cai mais de 1,5%

Consenso do mercado é que o Copom deve aumentar a taxa de juros. Na véspera, bolsa paulista fechou no maior patamar em mais de um mês
Bovespa segue mercado externo e cai mais de 1,5%

Foto: Reprodução

A alta dos índices de inflação internos, que sinaliza uma aumento na taxa de juros, e a tendência de baixa do mercado internacional definiam o desempenho da Bolsa de Valores de São Paulo nesta quarta-feira (9). Às 14h51, o Ibovespa registrava queda de 1,65%, aos 63.476 pontos.

Na véspera, a bolsa paulista descolou do mercado externo e fechou em alta, no maior patamar em mais de um mês. Lá fora, as principais bolsas tiveram quedas.

Segundo Luiz Roberto Monteiro, assessor de investimentos da corretora Souza Barros, os índices de inflação acima do esperado pelo mercado são a maior preocupação do dia.

"Esses índices, principalmente o IPCA ruim, sinalizam que pode haver aumento do juro maior do que o esperado na próxima semana", disse ele, acrescendo que a expectativa do mercado, até o momento era de uma alta de 0,25 ponto percentual. "Mas com esse resultado de IPCA, já acho que a alta deve ser ainda maior", acrescentou.

Nesta semana, dados de inflação divulgados registraram leituras acima do esperado pelo mercado para março e começo de abril, transformando praticamente em consenso a possibilidade de uma alta de juros já na semana que vem.

Dados de inflação
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - que serve de referência para a meta de inflação - mostrou nesta quarta-feira alta de 0,48% no mês passado, registrando o maior março desde 2005.

Ainda nesta quarta, foi divulgado que o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) subiu 0,33% na primeira prévia de abril, ante 0,34 por cento em igual período de março e previsão do mercado de 0,20 por cento.

No mercado externo, os principais índices de Wall Street abriram em alta com as notícias de que o Citigroup está prestes a vender US$ 12 bilhões em empréstimos e títulos alavancados para aliviar seu balanço, mas reverteram a tendência e operam queda após divulgação de indicador sobre estoques empresariais e de combustíveis nos EUA. As principais bolsas européias fecharam em queda, com o DAX, de Frankfurt, perdendo 0,75%.

Segundo relatório do Departamento de Comércio, os estoques empresariais dos EUA cresceram 1,1% em fevereiro, mais do que o dobro do esperado por analistas, e as vendas caíram 0,8%, na maior baixa em um ano. Enquanto isso, os preços do petróleo batiam recorde com anúncio de queda nos inventários de derivados no país.

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Por: Giulliano Maurício Furtado | Imprimir