Categoria Geral  Noticia Atualizada em 10-04-2008

Carros de Abadia são arrematados em leilão
Jeep vermelho ano 1969 do megatraficante foi arrematado por R$ 26,5 mil
Carros de Abadia são arrematados em leilão
Foto: Marcelo Mora/G1

A expectativa dos organizadores do leilão com os bens do megatraficante colombiano Juan Carlos Abadia no Jockey Club de São Paulo, na Zona Sul da capital, na noite desta quarta-feira (9) é a de arrecadar ao menos R$ 1 milhão. O evento beneficente foi promovido pelas fundações Julita e Ten Yad, com determinação do juiz federal Fausto de Sanctis, que solicitou logo no início à imprensa que não fossem feitas imagens a partir do primeiro lance.

Os dois primeiros itens leiloados foram um Jeep vermelho, ano 1969, vendido por R$ 26,5 mil, e uma Rural Willys, ano 1961, arrematada por R$ 37 mil. Identificando-se como empresários, os compradores pediram para não serem identificados e nem que tivessem suas fotos divulgadas. "Comprei o carro (a Rural Willys) para uso pessoal. Gosto de carro antigo e está bem equipado", disse um dos empresários, justificando a aquisição do carro do traficante.

Além da Rural, o empresário já tem um Kharmanngia e um Volks, ambos ano 1961, um Honda Civic e um Mitsubishi. Nem bem arrematou a Rural e já recebeu proposta para vendê-la. "Pedi para fazer uma oferta. Com certeza, não vendo por menos de R$ 40 mil", ressaltou.

Da lista de bens apreendidos de Abadia a serem a leiloados constavam ainda os seguintes itens: 85 relógios importados, três tevês (duas de 70 polegadas e uma de 61 polegadas), três bicicletas e um reboque para transporte de carga. O lance mínimo para cada objeto seria de ao menos 30% do valor de mercado, de acordo com os organizadores.

Já o bazar com os bens do megatraficante, também no Jockey Club, só no primeiro dia arrecadou R$ 200 mil, segundo a assessoria de imprensa do evento. O dinheiro será revertido à Fundação Julita, uma ONG que atende desde bebês de dois meses até idosos e oferece educação infantil, complementar, profissionalizante e alfabetização, e à entidade beneficente Ten Yad, que oferece refeições a pessoas carentes.

Poltrona de couro

O técnico judiciário Umberto Malavolta, de 41 anos, por exemplo, teria comprado uma poltrona na qual o colombiano estaria sentado no momento de sua prisão pela Polícia Federal em agosto do ano passado, em São Paulo. Um delegado da PF, que não quis se identificar, no entanto, não confirmou a informação.

De couro, com massageador e de cor caramelo, a poltrona foi vendida por R$ 1.200. Malavolta, que deixou o bazar sem saber a verdade sobre a poltrona, chegou a afirmar que o objeto era "uma cadeira peculiar". Felizmente, o técnico judiciário, havia dito também que levaria a cadeira mesmo sem o motivo ilustre. "Ela é confortável e achei bonita" afirmou.

Além da poltrona, ele adquiriu duas cadeiras, uma TV de 29 polegadas e um aquecedor, entre outros produtos, ao custo total de R$ 3.100,00. O técnico disse não se importar em comprar objetos que pertenciam a um traficante. "Não vejo mal nisso. O dinheiro está indo para uma causa nobre", disse.

Carros de Abadia são arrematados em leilão. Jeep vermelho ano 1969 do megatraficante foi arrematado por R$ 26,5 mil.

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Por:  Felipe Campos    |      Imprimir