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"Mosquitérica": Solução ou Problema?
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Essa pretensa armadilha chamou a atenção do estudante de Biologia da USC-ES Clóves Vicente Lins, que contesta essa metodologia Clóves Vicente Lins.(Foto: José Rubens Brumana) A dengue já virou epidemia em diversas cidades do país. O Estado vizinho, Rio de Janeiro a dengue já matou diversas pessoas. Vários estudiosos buscam soluções para esse grave problema, como o caso do professor Maulori Cabral, da UFRJ, que ensinou para todo o Brasil a armadilha que ele mesmo apelidou como "mosquitérica", que consiste numa adaptação de uma garrafa tipo pet cortada ao meio encaixando uma na outra simulando um criadouro do mosquito. Essa pretensa armadilha chamou a atenção do estudante de Biologia da USC-ES Clóves Vicente Lins, que contesta essa metodologia. "A armadilha caseira contra o Aedes aegypit,/está sendo divulgado com grande importância como a solução do problema pelos principais meios de comunicação do país. A mosquitérica de solução pode se tornar uma vilã", enfatizou o futuro biólogo. Vale lembrar que a vigilância Ambiental já possui um trabalho parecido de pesquisa de campo, que é a pesquisa em armadilhas(PAr) acompanhada por funcionários especializados,com o objetivo de atrair as fêmeas do vetor para a postura dos ovos e posteriormente examinar as larvas, para constatação de espécies predominantes em localidades negativas para o Aedes aegypit. Portanto, só nesse caso, é válida a utilização da mosquitérica, e não como está sendo ensinada e utilizada. Com bases no trabalho de campo realizado há décadas pela FUNASA e nas principais literaturas sobre o mosquito Aedes aegypit, Clóves Vicente enumera pontos negativos da mosquitérica. A armadilha não prende nem mata o mosquito adulto, como está sendo anunciada. A casa que não tinha nenhum atrativo para reprodução, algum depósito com água, agora tem a armadilha que estimula o mosquito a permanecer na casa. Para a fêmea do Aedes se reproduzir ela precisa do sangue humano, sendo os moradores da casa a sua fonte de alimento. Segundo Clóves, se esse mosquito estiver contaminado as pessoas da casa certamente terão dengue. Outro ponto a ressaltar é que muitas crianças estão fazendo essa armadilha de forma errada e sem saber a real finalidade desta. O penúltimo ponto a mensurar do problema é que quando acabar esse alarme contra a dengue é bem provável que essas armadilhas serão eliminadas de forma inadequada se tornando possíveis focos. "A idéia que ela previna a casa contra a dengue é o pior ponto aqui apresentado já que com isso as atividades que devem ser tomadas para a prevenção serão deixadas de lado. A população não deve esquecer de cuidados básicos e diários, não deixando nenhum tipo de depósito com água parada, pois o problema que enfrentamos é o descaso das pessoas com esses cuidados essenciais para o combate ao mosquito" finalizou. Fonte: Redação Maratimba.com
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| Por: José Rubens Brumana | Imprimir |
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