Categoria Policia  Noticia Atualizada em 12-04-2008

Veja pontos que faltam ser esclarecidos no caso Isabella
Alexandre Nardoni e Anna Carolina ainda n�o tinham visto crian�as at� as 20h30.
Veja pontos que faltam ser esclarecidos no caso Isabella
Foto: G1

Treze dias ap�s a morte da menina Isabella Nardoni, de 5 anos, a pol�cia re�ne laudos e provas periciais para responder algumas quest�es fundamentais no esclarecimento do crime.

Isabella morreu ap�s cair, no foi fim da noite de 29 de mar�o, do sexto andar do apartamento do pai, na Zona Norte de S�o Paulo. A pol�cia j� descartou a hip�tese de acidente.Nesta sexta-feira (11), dia em que Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatob�, pai e madrasta da menina Isabella, deixaram as delegacias onde cumpriam pris�o tempor�ria, diretores do Instituto de Criminal�stica (IC) afirmaram que dez peritos se revezam no trabalho de an�lise das provas. Entre outros pontos, o laudo, que n�o tem data para ser divulgado, deve responder quest�es como:

- A que horas o casal chegou?

- Quanto tempo se passou entre a chegada e a queda de Isabella?

- De quem � o sangue encontrado no apartamento?

- Qual foi a causa da morte da menina?

- Asfixia? Queda? Ou a combina��o dos dois?

As respostas ser�o decisivas para o poss�vel pedido de pris�o preventiva do casal, conforme anunciou o delegado que preside o inqu�rito, Calixto Calil Filho.

Com a fam�lia
Na primeira noite longe da pris�o, o casal permaneceu na casa do pai de Alexandre, na Zona Norte de S�o Paulo. O advogado Ricardo Martins, um dos defensores do casal, informou no fim da noite que eles est�o bem e que n�o falar�o com a imprensa. At� a noite, eles ainda n�o tinham encontrado os filhos, um menino de 3 anos e outro de 6 meses. O casal, diz a defesa, deve ficar no local at� o final do inqu�rito.

Alexandre e Anna Carolina chegaram � casa de Ant�nio Nardoni por volta das 18h. Eles foram levados em um carro do Grupo de Opera��es Especiais (GOE), acompanhados por advogados. Depois disso, chegaram ao local dois carros com parentes.

O delegado Calixto Calil Filho, que investiga o caso, disse que na segunda-feira (14) vai convocar Cristiane Nardoni, irm� de Alexandre, que na noite da morte de Isabella, estava em um bar e teria recebido uma liga��o da fam�lia informando da trag�dia.

A policia pediu a quebra do sigilo telef�nico de Cristiane e aguarda reposta da Justi�a.
O delegado disse que o apartamento do casal vai continuar lacrado e, assim que receber os laudos da per�cia, pretende fazer uma reconstitui��o do crime.

Liberdade e investiga��es
No final da tarde, a delegada Elizabete Sato disse que a liberta��o do casal n�o vai atrapalhar a investiga��o. "Durante a pris�o deles, o presidente do inqu�rito (delegado) deu celeridade ao processo", disse.

Na contram�o, o promotor Francisco Cembranelli, indicado pelo Minist�rio P�blico para acompanhar o caso Isabella, disse que a liberta��o do casal ir�, sim, prejudicar as investiga��es. Ele afirmou que "h� informa��es preliminares do Instituto de Criminal�stica (IC) que nos permitem vincular o casal aos ferimentos sofridos por Isabella e ao que ocorreu na cena do crime".

Habeas Corpus

O casal foi solto nesta tarde, ap�s a Justi�a ter dado o habeas corpus. Na decis�o, o desembargador Caio Eduardo Cangu�u de Almeida, da 4� C�mara Criminal do Tribunal de Justi�a de S�o Paulo, questionou se Nardoni teria realmente assassinado a pr�pria filha.

Anna Carolina deixou o 89� Distrito Policial, no Portal do Morumbi, na Zona Sul da capital paulista, �s 15h24. A sa�da dela da delegacia foi marcada por tumulto. Antes de entrar no carro que a levou para o IML, ela disse que n�o era assassina. Jornalistas e moradores da regi�o se aglomeraram na porta da delegacia para acompanhar o momento em que a jovem de 24 anos seria solta. Ela foi xingada por v�rios curiosos.

Al�m disso, um forte aparato policial foi montado, com a participa��o de policiais do Grupo de Opera��es Especiais (GOE), que conduziram Anna Carolina para o IML. Diferente do marido, a madrasta de Isabella saiu da delegacia sem cobrir o rosto e disse aos rep�rteres: "Eu n�o sou assassina".

Sa�da de Alexandre
Alexandre Nardoni deixou a carceragem do 77� Distrito Policial, de Santa Cec�lia, no Centro de S�o Paulo, por volta das 14h30. Houve uma tentativa de despiste por parte da pol�cia que simulou a sa�da de Alexandre Nardoni por uma das duas portas do 77� DP. Inicialmente, um policial enrolado em um cobertor foi retirado por uma das sa�das, o que provocou correria, tanto entre a imprensa quanto entre os curiosos no local. Na sa�da desse carro, algumas pessoas que acompanhavam a movimenta��o deram socos no ve�culo.

Instantes depois, Nardoni deixou a delegacia pelo lado esquerdo, tamb�m enrolado em um cobertor. O delegado titular do 77� DP, Albano Fernandes, disse que Nardoni estava assustado com os gritos que vinham da porta da delegacia que pediam "justi�a".

Veja pontos que faltam ser esclarecidos no caso Isabella
Alexandre Nardoni e Anna Carolina ainda n�o tinham visto crian�as at� as 20h30.
Casal deve ficar na casa de pai de Alexandre at� conclus�o de inqu�rito.

Fonte:

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir