Guilherme Estrella, diretor da estatal, foi questionado sobre declaração de diretor da ANP. Haroldo Lima falou sobre nova área de exploração de petróleo na Bacia de Santos
Foto: Reprodução O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme de Oliveira Estrella, afirmou nesta terça-feira (15) durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado que o bloco BM-S-9, na Bacia de Santos, está em avaliação por parte da Petrobras. Ele não confirmou dados sobre o tamanho da reserva.
Ele foi questionado por senadores sobre declaração dada na segunda (14) pelo diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Haroldo Lima, de que o bloco teria reservas até cinco vezes maiores do que as estimadas para o campo de Tupi. Isso faria do bloco, de acordo com o diretor da ANP, o terceiro maior do mundo.
"Essa área continua em avaliação para que tenhamos dados concretos", disse Estrella.
Em seguida, o presidente da CAE, senador Aloizio Mercadante, falou sobre a prudência de Estrella em tratar do tema. "É um cuidado prudente para que não se alimente um momento imprudente."
Participam ainda da audiência Haroldo Lima, da ANP, e o diretor do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Luiz Paulo Souto Fortes, que explica como ocorre a repartição dos royalties provenientes da exploração de petróleo e gás.
Membro do governo
Na CAE, Haroldo Lima voltou a afirmar que não anunciou a descoberta de um novo megacampo. Argumentou que citou dados publicados em fevereiro em uma revista norte-americana. "Não fiz anúncio algum. Não usei essa palavra (anúncio) em momento algum."
Antes da reunião da CAE, Haroldo Lima rebateu a afirmação de que não poderia falar sobre a área de exploração de petróleo conhecida como Pão de Açúcar, na Bacia de Santos.
"Claro que podia! Não sou subordinado à CVM. Sou membro do governo", afirmou Lima, referindo-se à Comissão de Valores Mobiliários, acrescentando que estava falando para um mercado especializado, referindo-se ao seminário promovido pela Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro.
"O que eu não podia fazer e não fiz foi um anúncio. Eu disse que existem grandes possibilidades", acrescentou. Ele disse que declarou na segunda-feira que a perspectiva de descobrir petróleo no local era muito boa.
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