"Crime contra a humanidade será descartar o biocombustível", afirma Lula
Foto: G1 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a rebater as declarações do relator especial da Nações Unidas para o Direito à Alimentação, o suíço Jean Ziegler, contra a produção de biocombustíveis e fez duras críticas ao protecionismo dos países ricos durante Conferência da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), realizada em Brasília.
"O verdadeiro crime contra a humanidade será descartar a priori o biocombustível e relegar os países pobres à dependência e à insegurança alimentar", afirmou, citando a expressão usada pelo relator da ONU na segunda-feira (12) para justificar a alta nos preços dos alimentos no mercado internacional. Ziegler disse que a produção de biocombustíveis era "um crime contra a humanidade".
O presidente disse que a alta nos preços é resultado de uma combinação de fatores, como a alta dos preços dos petróleo, fretes, quebra de safra em vários países em razão de condições climáticas adversas, especulação, mudanças cambiais e demanda crescente de China e Índia. "É sempre mais fácil escolher uma resposta simplista", disse Lula, ao defender que a culpa pela alta dos preços não se deve aos países pobres.
"Crime contra a humanidade será descartar o biocombustível", afirma Lula
Presidente criticou subsídios e protecionismo de países ricos a agricultores.
Alta nos preços de alimentos se deve ao preço do petróleo, clima e especulação, disse.
Fonte: Fausto Carneiro
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