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Dalai Lama: China realiza "genocídio cultural" no Tibete

Homem apresenta dança típica ao Dalai Lama durante evento para crianças nesta segunda em Seattle, nos EUA
Dalai Lama: China realiza

Foto: AP

WASHINGTON, 14 Abr 2008 (AFP) - O líder espiritual do Tibete, o Dalai Lama, afirmou nesta segunda-feira que Pequim promove um "genocídio cultural" nesse território do Himalaia, apesar de as autoridades chinesas negarem a acusação.

Em uma entrevista concedida à NPR, a rádio pública norte-americana, o líder exilado de 72 anos atualmente em uma visita aos Estados Unidos, afirmou contudo que confia no seu retorno a sua pátria.

O Dalai Lama, em exílio na Índia depois de ter fugido de uma revolta frustrada em 1959, lamentou o desaparecimento da cultura tibetana sob a chamada norma de autonomia de Pequim.

"Já que temos nossa própria e única herança cultural, que inclui nossa língua, nossa escrita, estos assuntos deveriam estar nas mãos do Tibete, que sabe de nossa cultura, de nossa religião", disse.

"Com este plano atual, seja intencional ou não, um tipo de genocídio cultural está sendo efetuado", disse o Dalai Lama, cuja visita aos Estados Unidos é sua primeira viagem ao exterior desde o recrudescimento da repressão aos protestos em favor do Tibete.

Os tibetanos no exílio afirmam que a repressão deixou mais de 150 tibetanos mortos enquanto Pequim afirma que os "revoltosos" tibetanos provocaram a morte de 20 pessoas nos últimos distúrbios no território.

Na próxima semana, uma autoridade do governo Bush se reunirá com o Dalai Lama nos Estados Unidos, informou nesta segunda-feira um porta-voz do Departamento de Estado, Tom Casey.

A secretária de Estado adjunta, encarregada da democracia e dos direitos humanos, Paula Dobriansky, "se reunirá com o Dalai Lama no dia 21 de abril em Michigan", indicou o porta-voz.

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Fonte: http://noticias.uol.com.br

Por: Alexandre Costa Pereira | Imprimir