Categoria Economia  Noticia Atualizada em 17-04-2008

Alta dos juros impulsiona queda do dólar, que fecha a R$ 1,6
Moeda norte-americana teve quarto dia seguido de baixa. Entrada de dinheiro no país também influenciou negócios.
Alta dos juros impulsiona queda do dólar, que fecha a R$ 1,6
Foto: G1

A alta do juro e o ingresso de dinheiro no país fizeram o dólar cair nesta quinta-feira (17) pelo quarto dia seguido, mas a queda foi limitada pela fraqueza dos mercados internacionais e por ajustes após a longa sequência de desvalorização.

A moeda norte-americana caiu 0,36%, para R$ 1,658. É a menor cotação de fechamento desde 14 de maio de 1999, poucos meses após a adoção do câmbio flutuante.

Na quarta-feira, o Banco Central elevou o juro básico para 11,75% ao ano e tornou mais atraentes as aplicações no Brasil - favorecendo a valorização da moeda local.

"O mercado já tinha quase certeza que a alta do juro ia existir. Vindo o teto dessa perspectiva (0,50 ponto percentual de elevação), o dólar confirmou o movimento e (o mercado) se animou na venda", disse Renato Schoemberger, operador da Alpes Corretora.

Impacto do juro
Mas a própria perspectiva de aumento do juro já vinha surtindo efeito sobre o dólar desde o começo do mês. Nos 13 pregões de abril, o dólar subiu em apenas uma. Por isso, a queda foi relativamente pequena. "Houve um pouco de realização (de lucros) de quem já vem vendendo (dólares)", acrescentou.

Analistas consultados pela Reuters durante a sessão avaliaram que a alta da Selic, esperada pelo mercado, teve seu efeito diluído nas últimas semanas.

Schoemberger citou também a apatia das bolsas norte-americanas como um freio para a queda do dólar. "Se lá fora melhorasse, (o dólar) poderia cair mais."

Na metade da sessão, o Banco Central realizou um leilão de compra de dólares, com taxa de corte a R$ 1,6597 e ao menos quatro propostas aceitas, segundo operadores.

Alta dos juros impulsiona queda do dólar, que fecha a R$ 1,658
Moeda norte-americana teve quarto dia seguido de baixa.
Entrada de dinheiro no país também influenciou negócios.

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir