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Presos acusados de integrar rede de prostituição infantil

Policiais investigaram, durante um mês, a movimentação de dois hotéis em Registro. Encontros com meninas de até 11 anos custavam entre R$ 3 e R$ 30
Presos acusados de integrar rede de prostituição infantil

Foto: G1

Seis pessoas foram presas na madrugada desta sexta-feira (18), em Registro (SP), suspeitas de fazer parte de uma rede de prostituição infantil. A região é uma das mais pobres do estado e, segundo a polícia, hotéis são usados para os encontros.

Durante um mês, a pedido do Ministério Público, policiais acompanharam a movimentação em dois hotéis da cidade. Nas três horas de filmagens, anexadas ao processo, aparecem meninas de 11 anos.

"Foi detectado que havia um esquema de prostituição e facilitação à exploração infantil", diz o comandante da Polícia Militar Valdinei da Silva.

"Nós apuramos que alguns encontros com as meninas custavam R$ 3. O máximo que nós vimos foi R$ 30. Também vimos troca, venda do corpo por entorpecente", afirma Everton Zanella, promotor de Justiça.

Na madrugada desta sexta-feira, os policiais fizeram buscas nos quartos de um hotel. Em um deles, dois homens e uma mulher que estavam acompanhados de uma adolescente também foram levados para a delegacia.

O dono do hotel saiu algemado. Em sua casa foram apreendidos R$ 85 mil. A suspeita é que o dinheiro venha do agenciamento de menores. O proprietário do outro estabelecimento investigado também foi preso.

Os hotéis ficam ao lado da BR-116, principal ligação entre São Paulo e o Sul do país. Segundo um mapeamento da Polícia Federal, só no Vale do Ribeira, ao longo dos 161 quilômetros da estrada, existem 25 pontos considerados vulneráveis à exploração sexual infantil.

"A dificuldade é realmente em constatar o flagrante, porque muitas vezes essas meninas pegam carona, ingressam na cabine do veículo e, em geral, param em postos de serviço, postos de abastecimento. Quando há o combate, uma fiscalização mais intensa nos locais, existe a migração", diz Juarez Cardoso, inspetor da Polícia Rodoviária Federal.

Para o promotor, Yuri Giuseppe Castiglione, a situação econômica da região, a mais pobre do estado de São Paulo, é outro agravante. E o caminho é investir na prevenção.

Presos acusados de integrar rede de prostituição infantil em SP
Policiais investigaram, durante um mês, a movimentação de dois hotéis em Registro.
Encontros com meninas de até 11 anos custavam entre R$ 3 e R$ 30.

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Por: Alexandre Costa Pereira | Imprimir