Categoria Policia  Noticia Atualizada em 19-04-2008

Apesar de tranqüilidade casa de avô de Isabella estar segura
Quatro homens fazem vigiläncia em frente à porta da casa de Antônio Nardoni
Apesar de tranqüilidade casa de avô de Isabella estar segura
Isabella Nardoni

Faixas que bloqueavam a Rua Marinheiro, onde mora o avô paterno da menina Isabella Nardoni, o advogado Antônio Nardoni, na Zona Norte de São Paulo, foram retiradas na manhã deste sábado (19). As faixas haviam sido colocadas na tarde de sexta-feira (18), por causa do grande número de jornalistas e de curiosos que foram até o local.

A menina morreu no dia 29 de março após ser jogada do 6º andar do prédio onde vivia seu pai, na Vila Mazzei, na Zona Norte.

Na manhã deste sábado, o pouco movimento na rua contrastava com o registrado na
sexta-feira, quando o pai da garota Alexandre Nardoni e a madrasta Anna Carolina Jatobá precisaram da ajuda da polícia para conseguir deixar o imóvel devido à
aglomeração de pessoas na porta. Eles prestaram depoimento do fim da manhã da sexta até a madrugada de sábado.

Apesar da tranquilidade, quatro funcionários de uma empresa de segurança privada seguiam em frente ao portão da casa. Até as 9h, nem Antônio Nardoni nem a filha dele Cristiane, que devem prestar depoimento às 16h deste sábado no 9º DP (Carandiru), haviam saído de casa. O único movimento no imóvel foi a entrada de duas mulheres, que chegaram às 9h10 carregando sacolas. Elas não quiseram falar com a imprensa.

Indiciamento
O pai e a madrasta da menina foram indiciados pela polícia por homicídio triplamente qualificado. As qualificadoras do crime, segundo a polícia, são motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. O casal saiu da delegacia em dois carros particulares e foi para a casa dos pais de Anna Carolina, em Guarulhos, Grande São Paulo.

Os dois suspeitos enfrentaram longos interrogatórios. O pai de Isabella prestou depoimento de 11h30 até 20h00 de sexta-feira (18). Em seguida, a madrasta foi ouvida pela polícia de 20h30 de sexta até por volta de 0h50 deste sábado. Segundo a polícia, foram usadas 20 páginas para a transcrição do depoimento de Alexandre Nardoni e 13 páginas para o de Ana Carolina Jatobá.

O casal é suspeito de ter espancado, asfixiado e atirado Isabella da janela do 6º andar do prédio onde Nardoni mora. Na noite de sexta-feira, um laudo divulgado pelo Jornal Nacional informou que havia sangue no carro da família na noite do crime. E que as marcas de dedo no pescoço da criança eram compatíveis com as das mãos de Anna Carolina.

Homenagens
A sexta-feira também foi dia de homenagens a Isabella, que completaria 6 anos de vida. Logo pela manhã, a mãe da menina, Ana Carolina de Oliveira, de 24 anos, foi visitar o túmulo da filha no Cemitério Parque dos Pinheiros, na Zona Norte da capital. Além dela, muitas pessoas estranhas à família deixaram flores e desenhos para a criança.

Na escola de Isabella também houve uma rápida celebração. Alunos, pais e professores formaram uma roda no pátio, rezaram e cantaram músicas religiosas. Também cantaram parabéns pelo aniversário da menina.

Apesar de tranqüilidade casa de avô de Isabella estar segura. Quatro homens fazem vigiläncia em frente à porta da casa de Antônio Nardoni.

Fonte:

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Por:  Felipe Campos    |      Imprimir