Delegado pediu ajuda de todos os moradores do quarteirão onde fica a casa de Fritzl.
Foto: Reuters A polícia austríaca fez um apelo nesta quarta-feira (30) para que cerca de cem pessoas ajudem a recompor os detalhes do caso em que um homem manteve sua filha encarcerada por 24 anos e teve sete filhos com ela.
O delegado Franz Polzer pediu ajuda de todos os moradores do quarteirão onde fica a casa de Josef Fritzl, em cujo porão sua filha Elisabeth esteve presa desde 1984, na pequena Amstetten.
"Talvez algum [vizinho] tenha visto algo notável nesse tempo que possa parecer significativo", disse Polzer a jornalistas.
Incrédula, a polícia tenta entender como Frizl conseguiu esconder sua filha sob o nariz dos moradores e autoridades, fazendo com que três dos filhos que teve com ela continuassem morando no mesmo porão, enquanto outros três foram viver com ele e a esposa (um sétimo bebê morreu).
A imprensa da Áustria e da Alemanha divulgou fotos e vídeos em que Frizl aparece despreocupadamente fazendo turismo sem parentes na Tailândia e em Chipre.
De acordo com Polzer, o porão ficava isolado do restante da casa por uma porta deslizante de concreto. Ali havia cômodos separados para cozinhar e dormir, além de banheiro, geladeira, freezer e máquina de lavar.
"Este equipamento elétrico teria permitido que os ocupantes da masmorra sobrevivessem durante semanas", afirmou.
Um rapaz de 18 anos e um menino de 5, que passaram a vida toda no porão com a mãe, já se reencontraram com os outros três irmãos, tirados dali ainda bebês e criados por Josef e Rosemarie Frizl.
A menina mais velha, de 19 anos, continua em estado grave num hospital, para onde foi levada na semana passada devido a um distúrbio respiratório. Foi a primeira vez que ela deixou o porão, o que acabou desencadeando o fim do cativeiro familiar.
Fritzl está preso e pode ser julgado por estupro, incesto, coação e omissão de socorro.
O advogado dele, o renomado criminalista Rudolf Mayer, disse que seu cliente não vai falar à imprensa.
Áustria faz apelo por testemunhas no caso de incesto
Delegado pediu ajuda de todos os moradores do quarteirão onde fica a casa de Fritzl.
O austríaco está preso e pode ser julgado por estupro, incesto e coação.
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