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Anfavea considera críticas ao etanol uma hipocrisia charmosa

Quem não pode fazer o etanol é que está preocupado, diz presidente da entidade
Anfavea considera críticas ao etanol uma hipocrisia charmosa

Foto: Divulgação

Após as críticas internacionais a respeito da produção de etanol em relação à crise de alimentos, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider, classificou a postura dos outros países como uma "hipocrisia charmosa."

O representante da indústria automobilística nacional afirma que o charme está em apelar para a falta de alimentos no mundo, tema sempre associado à fome mundial, com argumento emocional. Segundo Schneider, a hipocrisia está em ligar o tema com o Brasil, que não tem responsabilidade na crise de alimentos nos países do Leste Europeu e asiáticos.

"Quem não pode fazer o etanol é que está preocupado com isso. A produção de etanol é uma prática do Brasil e temos de defender", ressalta Schneider. Segundo ele, o aumento do volume de etanol da cana-de-açúcar tem sido feito com a melhoria da produtividade.

A produção de cana-de-açúcar voltada ao combustível representa 0,8% do total das terras agricultáveis, de acordo com a Anfavea. "Temos 7 milhões de hectares dedicados ao plantio de cana, contra 25 milhões de hectares para a cultura da soja", acrescenta.

Na corrida pela comercialização mundial do etanol, o principal concorrente do Brasil seria o Estados Unidos, que produz etanol do milho de forma subsidiada.

Anfavea considera críticas ao etanol uma hipocrisia charmosa. Quem não pode fazer o etanol é que está preocupado, diz presidente da entidade.

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Por: Felipe Campos | Imprimir