Categoria Tragédia  Noticia Atualizada em 12-05-2008

Números oficiais dizem que 8.700 pessoas morreram na China
Premiê chinês diz que situação pós-terremoto é pior de que estimada. Um terremoto de 7,8 graus abalou a região central do país nesta segunda-feira (12).
Números oficiais dizem que 8.700 pessoas morreram na China
Foto: Xinhua/Liu Hai/Reuters

O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, declarou que a situação no sudoeste da China é mais séria que o estimado depois do terremoto que assolou a região nesta segunda-feira (12), anunciou ele no canal de televisão CCTV.

"A situação é pior do que o estimado previamente, e precisamos de mais gente aqui para ajudar", disse Wen, no centro dos serviços de emergência chineses em Dujiangyan, a 100 km do epicentro do terremoto.

O sismo, de magnitude 7.8, foi sentido nesta segunda-feira em áreas densamente povoadas da província de Sichuan.

Mais de 8.700 pessoas morreram em conseqüência do tremor, de acordo com a agência de notícias Xinhua. Estimativas dão conta de cerca de 10 mil feridos.

Estudos
Analistas de inteligência dos Estados Unidos estão examinando imagens obtidas via satélite da província chinesa de Sichuan, onde ocorreu o terremoto, afirmou uma autoridade militar norte-americana nesta segunda-feira.

A autoridade disse que a National Geospatial-Intelligence Agency (agência nacional de inteligência geoespacial), ou NGA, estava acessando imagens de altitude conforme procedimento padrão cada vez que ocorre um desastre natural ou outro grande evento pelo mundo.

Os satélites espiões norte-americanos e outras plataformas de vigilância de grande altitude podem gerar imagens detalhadas do dano em estradas, ferrovias, túneis, portos e litoral.

A autoridade preferiu não comentar o que as imagens da China mostravam.

A NGA é parte do Pentágono e analisa imagens aéreas obtidas de aviões espiões U2 e dos satélites do Departamento de Defesa.

Nos últimos anos o governo Bush ofereceu imagens de satélites e análises para governos estrangeiros acerca de desastres naturais para ajudar a organizar resgates e operações.

Também não havia ainda posição imediata sobre se Washington está preparando auxílio à China.

Tremor
O epicentro do tremor foi localizado a 93 km ao noroeste de Chengdu, capital da província de Sichuan, na região central da China. Mas há relatos de que o tremor também foi sentido nas províncias de Gansu (noroeste), Yunnan (sul) e em Chongqing (sudoeste). Um hospital e cinco escolas desabaram. Em uma delas, 900 estudantes ficaram sob os escombros. Equipes de resgate trabalham na região para tentar encontrar sobreviventes.

Ainda não há informações sobre a presença de brasileiros na área atingida pelo terremoto.

Desabamentos
Dezenas de edifícios desabaram e o Exército foi enviado para ajudar nas tarefas de resgate. Na região autônoma de Beichuan Qiang, 80% dos prédios caíram ou racharam, informou a agência "Xinhua".

Uma autoridade do órgão sismológico disse que as linhas telefônicas de condado de Wenchuan, em Sichuan --o epicentro do terremoto--, foram completamente cortadas e houve relatos de danos a prédios em condados vizinhos.

O presidente Hu Jintato ordenou um "esforço geral" para resgatar as pessoas afetadas pelo terremoto, informou a "Xinhua".

Tremor na Ásia
O tremor foi sentido até em Bangcoc, capital da Tailândia, que fica a cerca 3.300 quilômetros de distância. Lá, os prédios balançaram por vários minutos.

Na cidade de Wuhan, as pessoas correram para as ruas e pelo menos um prédio caiu, segundo um estudante universitário. "Todos os prédios balançavam para frente e para trás", disse ele, por telefone para a agência de notícias "Reuters".

"Sentimos um tremor contínuo por cerca de dois ou três minutos", disse o funcionário de um escritório. "Todas as pessoas correram para baixo. Ainda sentimos leves tremores."

Um empregado de um jornal local de Mianyang disse que houve vários terremotos. A USGS, agência sismológica norte-americana, disse que houve um impacto posterior de magnitude 6 às 3h43 quase no mesmo local e outro às 4h34, de magnitude 5,4.

A torre Jinmao, em Xangai, foi esvaziada, assim como os demais prédios mais altos da China, durante o terremoto e os tremores que o seguiram. Os trabalhadores puderam voltar mais tarde.

Premiê chinês diz que situação pós-terremoto é pior de que estimada
Um terremoto de 7,8 graus abalou a região central do país nesta segunda-feira (12).
Números oficiais dizem que 8.700 pessoas morreram em conseqüência do tremor.

Fonte:

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir