Categoria Geral  Noticia Atualizada em 13-05-2008

Acidentes ou quebras geram filas de 1,5 km por minuto
Segundo engenheiros consultados pelo G1, servi�o de guincho deveria ser mais r�pido.
Acidentes ou quebras geram filas de 1,5 km por minuto
Foto: Reprodu��o

Um ve�culo parado no tr�nsito de S�o Paulo por acidente ou problema mec�nico durante um minuto pode gerar um congestionamento de 1,5 km. O dado � de uma pesquisa feita pelo engenheiro Paulo Resende, que pesquisou a situa��o do tr�nsito em S�o Paulo e outras tr�s capitais: Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. Resende � pesquisador da �rea de planejamento de transportes da Funda��o Dom Cabral, de Minas Gerais. Em entrevista ao Fant�stico no domingo (11), ele afirmou que o tr�fego nessas cidades est� � beira de um colapso.

Na �ltima sexta-feira (9), um caminh�o carregado de madeira tombou na Marginal Tiet�, no acesso � Rodovia Presidente Dutra, e ficou no local por quase sete horas at� ser removido. Neste mesmo dia, a cidade bateu recorde de congestionamento �s 19h30 com 266 quil�metros de lentid�o. �s 19h, o recorde j� havia sido batido, com o registro de 262 km de filas.

No domingo, o tr�nsito na Zona Sul da capital ficou prejudicado durante quase dez horas devido ao tombamento de uma carreta na Ponte Ary Torres, que serve de liga��o entre a Marginal Pinheiros e a Avenida dos Bandeirantes. O ve�culo estava carregado de a��car e duas faixas da via tiveram de ser interditadas.

O G1 procurou a assessoria de imprensa da Companhia de Engenharia de Tr�fego (CET), na manh� de segunda-feira (12), para saber como funciona o esquema de remo��o de ve�culos parados nas vias, mas n�o recebeu retorno.

Segundo engenheiros de tr�fego consultados pelo G1, a remo��o desses ve�culos deveria ser feita rapidamente para que n�o afetasse o problema j� cr�tico do tr�nsito na capital paulista. "Os ve�culos n�o deveriam ficar mais de 30 minutos parados. Mais do que isso vira um colapso para a via. Aumenta o caos no tr�nsito da cidade", analisa o consultor e pesquisador em engenharia de tr�fego, Hor�cio Figueira.

De acordo com o consultor, para ter uma atividade �gil, a CET deveria colocar guinchos em pontos estrat�gicos da cidade onde h� mais problemas de acidentes ou carros quebrados.

Segundo o professor da Escola Polit�cnica da Universidade de S�o Paulo (USP) Jaime Waisman um carro parado numa via obstrui a passagem de 1.500 ve�culos por hora na faixa onde h� o problema. "A cidade j� vive � beira de um colapso, qualquer coisa a mais potencializa a situa��o", diz.

Na avalia��o de Waisman, se o dono do ve�culo n�o cuidar da remo��o r�pido, a CET deveria providenciar a retirada para desobstruir a via e depois cobraria o trabalho do dono do autom�vel. "N�o se pode � deixar o ve�culo tanto tempo atrapalhando o tr�nsito", afirma. Figueira concorda com Waisman quanto � cobran�a. "� injusto quem n�o ter carro pagar".

Para Waisman, seria necess�rio tamb�m obrigar todos os ve�culos da cidade a passar por uma inspe��o veicular, o que impediria que um carro em m� situa��o continuasse circulando pela cidade.

O professor Hugo Pietrantonio, da Escola Polit�cnica da USP, acredita que al�m das equipes de atendimento, � importante tamb�m contar com postos especiais de observa��o, circuito fechado de c�meras e servi�os especiais de atendimento para problemas que envolvem ve�culos pesados ou cargas perigosas.

Acidentes ou quebras geram filas de 1,5 km por minuto, diz pesquisa
Segundo engenheiros consultados pelo G1, servi�o de guincho deveria ser mais r�pido.
Na opini�o de especialistas, CET deveria cobrar pelo servi�o de remo��o.

Fonte:

Acesse o G1

 
Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir