Categoria Geral  Noticia Atualizada em 14-05-2008

Bope abre suas portas para tropinha de elite feminina
Crian�as da Favela Tavares Bastos t�m aulas de gin�stica na sede do batalh�o.
Bope abre suas portas para tropinha de elite feminina
Foto: Daniella Clark/G1

As portas do Batalh�o de Opera��es Policiais Especiais (Bope), em Laranjeiras, Zona Sul do Rio, s�o abertas pelo menos duas vezes por semana para uma tropinha de elite feminina. As meninas de 5 a 12 anos v�m da favela Tavares Bastos para aprender os movimentos de gin�stica r�tmica na sede do batalh�o, algumas vezes ao som de gritos de guerra dos soldados ao fundo.

O projeto "Mudan�a de ritmo", da ONG Gente Brasil, vem sendo mais uma ponte entre o Bope e a comunidade, livre do tr�fico de drogas desde que o batalh�o passou a ser seu vizinho, em 2000.

"Adoro me esticar", diz Fernanda Cavalcanti, de 12 anos, que mora desde os 2 na favela. "Quero continuar at� virar uma grande atleta."

Fernanda e mais 11 meninas aprendem os primeiros passos da gin�stica r�tmica com a professora B�rbara Frattane no espa�o cedido pelo batalh�o: um sal�o com uma bela vista do Rio e a famosa caveira, s�mbolo da tropa de elite da PM, estampada na parede. Acostumada a dar aulas para atletas e crian�as de escolas particulares h� 15 anos, B�rbara descobriu ali que seu trabalho vai al�m da busca pela excel�ncia nos movimentos.

"As notas das meninas sa�ram do vermelho e houve reflexo tamb�m no comportamento delas", explica. "Temos que aprender a lidar com os problemas que elas t�m em casa e ajud�-las. Muitas vezes o pai est� preso, a fam�lia tem problemas".

Mulheres e idosas no batalh�o
O projeto foi levado para o batalh�o por Gabrielle de Los Rios, diretora executiva da ONG Gente Brasil, que desenvolve projetos semelhantes em outras comunidades carentes do Rio. Al�m das aulas para as crian�as, outras 60 mulheres e idosas t�m aulas de gin�stica duas vezes por semana no batalh�o.

"Temos �s vezes tr�s gera��es de uma mesma fam�lia aqui, av�, m�e e filha", conta Gabrielle.

Apenas uma grade e um port�o separam a sede do Bope, com 400 policiais, da favela vizinha, onde moram cerca de 6.500 pessoas. Ali, diz a PM, o tr�fico n�o entra desde que a sede do batalh�o foi transferida para o alto do morro, de onde se tem uma vista panor�mica da Ba�a de Guanabara.

"N�o existe tr�fico de drogas, n�o existe morte, provavelmente � o lugar mais seguro do Rio de Janeiro. Mas n�o posso dizer para voc� que n�o tem crime, porque esse lugar n�o existe", explica o comandante Pinheiro Neto. "Esse projeto com a comunidade � mais um servi�o que o Bope presta com o objetivo que o Rio seja um lugar melhor para se viver."

Projeto Bopinho leva filhos de policiais ao batalh�o
Mas as meninas da Tavares Bastos n�o s�o as �nicas com sinal verde para visitar a sede da tropa de elite. Com a id�ia de unir pais e filhos de policiais no batalh�o, foi criado o "Projeto Bopinho", tamb�m com apoio da ONG Gente Brasil.

A primeira edi��o do projeto ocorreu no �ltimo s�bado (10), quando cerca de 60 crian�as participaram de gincanas, escaladas e atividades l�dicas ao lado dos pais.

A id�ia, segundo o comandante, � repetir a dose uma vez por trimestre.
"O filho do policial quer conhecer onde o pai trabalha, sente-se orgulhoso", explica o sargento Max Coelho.

Para conhecer
Quem quiser conhecer e apoiar os projetos da ONG Gente Brasil pode entrar em contato pelos e-mails [email protected] e [email protected].

Bope abre suas portas para tropinha de elite feminina
Crian�as da Favela Tavares Bastos t�m aulas de gin�stica na sede do batalh�o.
Filhos de policiais tamb�m t�m chance de conhecer sede nos fins de semana.

Fonte: Daniella Clark

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir