Categoria Policia  Noticia Atualizada em 21-05-2008

PF tenta negociar com índios liberação de reféns
Três pessoas são feitas reféns desde terça à noite; uma 4ª foi liberada após passar mal. Índios protestam contra mudança do escritório da Funai
PF tenta negociar com índios liberação de reféns
Foto: Reprodução

Policiais federais chegaram no início da tarde desta quarta-feira (21) à cidade de Avaí, a 382 km de São Paulo, na região de Bauru, para tentar negociar a liberação de três reféns que estão em poder de índios desde a noite de terça-feira (20).

Uma das vítímas foi liberada na madrugada desta quarta (21) após passar mal. A informação só foi confirmada esta manhã.

Elas são funcionárias da Fundação Nacional do Índio (Funai) e estão em poder dos índios desde a noite de terça (20). O refém liberado também é indígena. Dos outros três, apenas um não é.

Os índios protestam contra a possível mudança do escritório da fundação em Bauru, cidade a 343 km de São Paulo, para o litoral paulista.

Eles reivindicam a permanência da sede da fundação no interior do estado e a possibilidade de indicar seu coordenador. A direção cogita há um ano a transferência da regional para Itanhaém, no litoral paulista, mas sempre enfrentou a resistência.

Os manifestantes também querem que a coordenação do órgão seja assumida por um índio. Desde o ano passado, o escritório está sem comando. A Funai afirma que manterá a transferência do escritório, mas tenta negociar com o grupo alegando que ninguém deixará de ser assistido por causa da mudança.

Os índios esperam um documento da fundação para atender a todas as reivindicações da tribo. Entre elas, manter a sede do órgão em Bauru e possibilidade de escolher o coordenador do órgão.

Bloqueio
Na noite de terça (20), a rodovia que liga Bauru a Marília chegou a ser interditada. Mais de 200 manifestantes bloquearam a estrada usando tratores e galhos. Um carro da Polícia Rodoviária que transportava córneas de Marília para Bauru ficou parado por duas horas no congestionamento.

Fonte:

Acesse o G1

 
Por:  Giulliano Maurício Furtado    |      Imprimir