Categoria Politica  Noticia Atualizada em 07-07-2008

Barack Obama, da mistura cultural à luta pela Presidência
Ele fez sucesso com livros, discos e principalmente na política estadual. Agora, tenta transformar sua popularidade em votos em todo o país.
Barack Obama, da mistura cultural à luta pela Presidência
Foto: AP

Era um ritual de quarta-feira à noite para Barack Obama: após um dia debatendo sobre impostos, pena de morte ou alguma outra questão controversa, ele ia para uma reunião do "comitê".

Legisladores e lobistas, tanto democratas quanto republicanos, deixavam a política de lado para se reunir para... seu jogo semanal de pôquer. Era uma chance para Obama, então um legislador de Illinois, de socializar em meio às cartas e charutos (ou, no caso dele, cigarros). Também era um modo para esse filho de um pastor de cabras africano, esse advogado educado em Harvard, autor e professor, de mostrar que podia ser apenas mais um dos rapazes. Isso não era novidade para ele.

Ele já havia navegado por partes exóticas do Havaí e da Indonésia, pelos salões privilegiados de Cambridge e pelas ruas destruídas pela pobreza de Chicago quando menino, um estudante e um homem jovem. Ao longo do caminho, Barack Obama, agora um novato como senador dos Estados Unidos e candidato democrata à presidência, partiu decidido a fazer coisas que ele afirma que irão funcionar na Casa Branca: diminuir distâncias, fazer conexões, forjar alianças. "Barack sabe o que ele tem que fazer para se encaixar e tem a capacidade de fazer isso", afirma o senador do estado Terry Link, seu amigo de longa data e ocasionalmente anfitrião do pôquer. "Ele tenta vencer em lugares em que não se sobressai."

Sua meia-irmã, Maya Soetoro-Ng, vê as coisas de outro modo: "Ele caminha entre dois mundos", diz ela. "´Foi isso o que ele fez a vida toda." Desde o início, Barack Obama misturou culturas. Seu pai, também chamado Barack Obama, era um aluno negro com bolsa de estudos que viajou de sua pequena vila no Quênia para estudar na Universidade do Havaí. Sua mãe, Stanley Ann Dunham, era branca e tinha só 18 anos quando eles se conheceram numa aula de russo. Barack -"abençoado" em árabe- nasceu em 4 de agosto de 1961.

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O casamento de seus pais durou pouco. Seu pai deixou a família para estudar em Harvard quando seu filho fez dois anos, voltando apenas uma vez. Obama escreveu de maneira pungente sobre a visita em suas memórias - relembrando a bola de basquete que seu pai lhe deu, os discos africanos que eles tocaram para dançar e à apresentação de Dave Brubeck que viram juntos. Obama, então com 10 anos de idade, nunca mais viu seu pai. Na época, a mãe de Obama havia se casado de novo, com Lolo Soetoro, outro estudante universitário.

Vida na Indonésia
Eles se mudaram para a terra natal dele, a Indonésia, arrastando Obama, na época com seis anos, para uma terra de iguarias como carne de cobra e gafanhoto, onde ele tinha um macaco de estimação chamado Tata e onde havia a realidade dura da pobreza e das doenças do terceiro mundo. Após quatro anos, Obama voltou ao Havaí, primeiro morando com sua mãe, depois com seus avós maternos, todos vindos do Kansas.

Hoje em dia, Maya vê traços do três em seu meio irmão. De sua mãe, ela diz, "ele puxou a habilidade de fazer conexões, de manter a mente aberta... Seu gosto pela aventura, sua curiosidade e sua compaixão". De sua avó, Mandelyn: "seu pragmatismo, seu equilíbrio, sua habilidade de permanecer centrado mesmo em meio ao caos". De sua avó, Stanley: "seu amor pelo jogo. Meu avô... encarava sua vida com muito gosto e entusiasmo e um grande senso de possibilidade."

No Havaí, Obama era típico. E atípico. Ele era aluno com bolsa de estudos na prestigiosa Punahou School, uma academia privada onde ele era "inteligente, mas não excessivamente intelectual", diz sua meia-irmã. Ele era extrovertido, ria com facilidade e não se importava de se exibir. Obama -então conhecido como Barry - tinha algo de rebelde. Um amigo se lembra de que ambos foram suspensos na sétima série por jogar e fazer apostas na escola.

O garoto gorducho que colecionava revistas em quadrinhos do Homem-aranha e de Conan, o Bárbaro, cresceu e se tornou um adolescente que ouvia o saxofonista de jazz Grover Washington e Earth, Wind and Fire e que dirigia o velho Ford Granada do avô, jogava golfe, pôquer, cantava no coral e se juntou ao Ka Wai Ola, o jornal literário da escola.

Obama também amava jogar basquete e por isso foi chamado de "Barry O´Bomber". Ele gostava de fazer uma jogada especial com a mão esquerda. Durante seu último ano, o time da escola ganhou o campeonato estadual. Obama era um competidor feroz e um amigo sensível. Seu amigo, Mike Ramos, diz que perdeu várias cestas durantes os jogos de improviso, "Obama era o cara que dizia: ‘continue jogando, não se preocupe. Ela vai entrar’."

Questão racial

"Também havia um lado introspectivo em Obama, o cara de fora lidando com suas origens birraciais. Apesar de estar num grupo de amigos racialmente misto, ele e dois outros dentre os poucos alunos negros de Punahou se encontravam semanalmente naquilo que ficou conhecido como o "canto étnico". "Era mais questão de aprender uns com os outros do que de ser o único lugar em que nos sentíamos seguros", diz Tony Peterson, um dos três. Eles discutiram namoros inter-raciais, educação e "se veriam um presidente negro em suas vidas".

Peterson e outros companheiros dizem que Obama nunca falou do tumulto que revela em suas memórias, "Sonhos de Meu Pai", na qual ele escreveu sobre sua dificuldade em aceitar sua própria identidade racial e sobre usar drogas - incluindo maconha e cocaína - para "tirar a questão de quem eu era de minha cabeça".

Em um artigo de 1999 escrito para o Punahou Bulletin, Obama disse que, sendo um dos poucos negros na escola, "eu provavelmente questionava minha identidade mais do que a maioria. Como criança de um lar desfeito e de uma família relativamente modesta, eu tinha muito ressentimento do que minhas circunstâncias justificavam e nem sempre canalizei esses sentimentos de maneira particularmente construtiva".

Primeiro emprego
Obama chegou a Chicago em 1985, com um diploma universitário, um mapa da cidade e um novo emprego - organizador de comunidade. Salário inicial: US$ 13 mil por ano (incluindo dinheiro para despesas com automóvel). Obama, que havia trabalhado em Nova York por um breve período depois de se formar pela Universidade de Columbia, sabia pouco sobre a política de jogo duro que se fazia em Chicago. Mas o fato de ter vivido no exterior havia lhe dado experiência como estrangeiro e uma empatia natural com pessoas de poder e dinheiro, diz Gerald Kellman, o homem que o contratou.

Trabalhando para o Projeto de Comunidades em Desenvolvimento, Obama organizou igrejas negras no bairro industrial de South Side, uma área prejudicada pela perda das usinas de aço e das fábricas.

A tarefa de Obama era mobilizar os residentes a promover mudanças, seja fazendo um lobby por um centro de treinamento para empregos, seja exigindo mais parques ou removendo amianto de casas. "Ele parecia ouvir bem e aprendia rápido", diz Kellman. Ele diz que Obama não gostava de confrontos com pessoas. Mas quando o assunto era negociar conflitos, ele era muito bom. "Obama se tornou próximo de muitas dessas organizações -mulheres com idade para ser sua mãe". Este menino era muito brilhante -eu não deveria dizer menino, este homem era tão brilhante, mas ele não impunha isso sobre você", lembra Loretta Augustine-Herron, uma das fundadoras do projeto comunitário. "Ele era direto e suave... Ele explicava as coisas de um jeito que não deixasse ninguém ofendido."

As mulheres gostavam muito dele. Elas o reprimiam quando ele só comia salada de espinafre no almoço, riam quando ele mostrava seus passos de dança ("Não lhe faltava confiança, isso posso dizer", diz Augustine-Herron) e brincavam sobre sua pontualidade e seriedade. "Se não nos apressarmos, Obama cara de bebê ficará uma fera", elas cutucavam umas às outras enquanto corriam para um encontro com ele. Yvonne Lloyd diz que Obama os preparou para lidar com burocratas, dizendo de quem eles deviam se aproximar, guiando-os no que dizer - e oferecendo críticas: "Ele estava lá, tentando e fazendo força", diz Lloyd, que tem 11 filhos. "Ele nos energizava. Quando você foi dona-de-casa a vida toda e tudo o que fez foi criar filhos, você não sabe muito sobre o mundo exterior. Ele nos ensinou". E se há algo que ele não sabia, ele descobria. "’Deixe-me pesquisar a respeito’ eram suas palavras favoritas", diz Lloyd, que ainda chama Obama de "meu rapazinho magrelo".

Família
Obama continuou próximo de sua meia-irmã, Maya, que visitava Chicago durante os verões. Quando seu pai morreu e ela era apenas uma adolescente, Obama, quase uma década mais velho, assumiu um papel paternal, levando-a para visitar campi de escolas. Obama também estava aprimorando suas habilidades como escritor, escrevendo histórias curtas e vívidas sobre pastores e comunidades que se desintegravam, inspirado por suas experiências em Chicago. Ele as mostrou ao companheiro organizador Mike Kruglik, que ficou impressionado pelo modo como ele capturou o clima das ruas.

"Eu não podia entender como ele tinha o tempo e a energia para fazer isso", ele diz. Em três anos como organizador, Obama se tornou cada vez mais consciente dos limites daquilo que poderia conquistar e foi ficando cada vez mais pragmático, diz Kellman. A experiência de seu pai como funcionário público na África era uma história que servia como exemplo. "Ele tinha essa noção de que seu pai era idealista demais e não era prático o bastante... e não havia conseguido o que queria", acrescenta ele. (Obama mais tarde escreveu que seu pai -que foi morto num acidente automobilístico - havia morrido "um homem amargo").

Obama disse em suas memórias que durante esses anos em Chicago ele "saiu do isolamento maior" que sentia quando chegou e descobriu que compartilhar histórias de vida com as pessoas lhe dava "um senso de lugar e um propósito a que aspirar". Ele estava pronto para ir adiante -para a escola de direito de Harvard. Mas ele prometeu que voltaria.

Estudos em Harvard
Obama entrou em Harvard mais velho do que muitos de seus colegas de classe, mergulhando numa espécie de incubadora da elite norte-americana -futuros juízes da Suprema Corte, líderes da Fortune 500, senadores dos EUA e presidentes. Ex-colegas de classe e professores se lembram dele como um intelecto com capacidade de julgamento amadurecida, um conciliador que era capaz de ver ambos os lados de uma questão. "Ele não era alguém que você simplesmente queria ler as anotações dele ou ouvir sua voz", diz Charles Ogletree, professor de direito em Harvard que foi mentor de Obama e de outros estudantes negros. "Você queria ouvi-lo pensando. Havia algo de especial nele."

A escola de direito tinha muita gente de destaque tentar superar a concorrência, mas esse não era o estilo de Obama, diz Laurence Tribe, um professor que o contratou como assistente de pesquisa. "Ele não era só focado em créditos ou resultados", diz Tribe. "Ele com freqüência dava crédito a outros para quem ele havia feito o trabalho". Tribe afirma que Obama era capaz de lidar com pessoas muito inteligentes "de maneira que não as irritava, ele aprendeu a se mover nesses círculos. Causou pouca agitação e conseguiu fazer as coisas".

Obama teve dois momentos cruciais em Harvard. Um foi durante o primeiro verão em que ele trabalhou numa grande firma de advocacia em Chicago e conheceu outra aluna que havia se formado em Direito em Harvard, Michelle Robinson, que se tornaria sua esposa e a mãe de suas duas filhas, Malia e Sasha. Outro foi um triunfo pessoal: Obama chegou às manchetes quando foi eleito o primeiro presidente negro do Harvard Law Review, talvez a mais prestigiada publicação jurídica do país. "Para nós, foi realmente uma grande comemoração, um verdadeiro marco", diz Earl Martin Phalen, um colega de classe negro. "Mas aquilo não teve o mesmo significado para ele..."

Vida política

Ele não assumiu uma atitude de bater no peito de orgulho, algo como "olhe pra mim, sou o primeiro". Ele estava ciente do significado histórico, mas compreendia que havia responsabilidade. Com a graduação, Obama se tornou valioso para o mercado. Ofertas de altos cargos apareciam para ele.

Ele escolheu outra direção. De volta a Chicago, Obama se juntou a uma pequena firma de direitos civis, criou uma campanha e deu aula de direito constitucional na Faculdade de Direito da Universidade de Chicago. Em 1996, ele foi eleito para o cargo no Parlamento estadual representando Hyde Park -a região em South Side que inclui a universidade e alguns bairros bastante pobres. Obama mais tarde escreveria que ele entende política como um "esporte de contato direto e não se importava nem com as cotoveladas nem com os golpes que às vezes recebia vindos de seu ponto cego."

Mas em Springfield, capital do estado, ele foi conhecido pelo seu pragmatismo, que ia além das divisões entre partidos, trabalhando com outros democratas e com republicanos. Obama ajudou a mudar as leis sobre pena de morte, ética e perfil racial, e ganhou crédito de impostos para trabalhadores pobres. Mas ele falhou em sua campanha pelo seguro saúde universal. Como um recém chegado à atmosfera de clube fechado de Springfield, Obama também encontrou desprezo. Alguns legisladores inicialmente pensaram que ele era um pouco arrogante. "Demorou um tempo para ele provar que era um cara de verdade", afirma o senador estadual Kirky Dillard, um republicano que aparece num comercial de campanha de Obama.

"Nos primeiros dois anos, havia ceticismo saudável", disse. Isso era especialmente verdadeiro entre seus companheiros legisladores afro-americanos. "As raízes de Obama e seu estilo - ele evita a retórica racialmente colorida utilizada por alguns políticos negros - há muito levantaram debates sobre sua identidade racial. Alguns líderes negros e comentaristas já questionaram se ele é "negro o suficiente". Obama diz que nunca houve questionamento sobre ele ser negro. "Se você tem aparência afro-americana na sociedade, você é tratado como afro-americano", disse ele numa entrevista ao programa "60 Minutos", da CBS, neste ano. "E quando você é criança em particular, é assim que você começa a se identificar. Pelo menos era assim que eu me sentia confortável para me identificar, se não for o cerne de quem sou". Ser um homem negro moldou a vida de Obama de maneira inegável.

Livro e identidade
Em seu livro "A audácia da esperança", ele diz que ser senador o poupou de alguns dos "esbarrões e hematomas" que muitos homens negros suportam. Mas também escreveu que havia enfrentado "o ritual de mesquinharias", incluindo guardas de segurança que o seguiram em lojas de departamentos, casais brancos entregando a chave do carro a ele do lado de fora de restaurantes, confundindo-o com o manobrista. "Eu sei como é quando as pessoas me dizem que não posso fazer algo por causa da minha cor e eu sei o gosto amargo do orgulho negro engolido". Mas, ao longo de toda a sua vida, de sua infância no Havaí aos dias de legislador em Springfield, Obama tem mantido um grupo racialmente misto de amigos e aliados políticos.

Como senador estadual, alguns de seus amigos mais próximos eram legisladores brancos suburbanos e rurais. Obama também encontrou um aliado poderoso em Emil Jones, o presidente do Senado, um democrata da velha-guarda de Chicago conhecido por romper acordos, punir seus inimigos e por ter diversos membros de sua família na folha de pagamento. Já contando com três anos de carreira legislativa, Obama, incansável e ambicioso, desafiou o republicano Bobby Rush, um veterano que tinha uma taxa de aprovação de 70% e raízes profundas na comunidade que datavam de décadas atrás, quando ele era um "pantera negra".

Durante a campanha, Obama foi perseguido pela mesma questão: se ele era "negro o suficiente" para o distrito. Suas credenciais acadêmicas importavam pouco para alguns eleitores que sentiam que Rush os compreendia melhor. Obama escorregou feio, perdendo as primárias por 31 pontos percentuais.

Quando ele chegou à festa da vitória, a eleição já havia sido decidida em favor de Rush. "Barack era visto como alguém de fora", diz Link, senador do estado. "Ele não era um dos rapazes". Ele não desanimou. Dois anos depois, ele começaria a planejar seu próximo passo -uma campanha pelo Senado dos Estados Unidos. Na época, ele já tinha uma rede de amigos e gente que o apoiava em Springfield, incluindo seus companheiros de pôquer que viam semelhanças na maneira como ele abordava o trabalho e o jogo.

O jogador
"Ele era um jogador calculista", diz Link. "Se ele ia jogar uma mão, ele sabia que seria uma mão que ele tinha chance de vencer. O mesmo ocorre em política, também. Ele não vai fazer por fazer."

Alguns chamam isso de "O Discurso" - um discurso de 17 minutos na abertura da Convenção Nacional Democrata que fez dele um astro. Obama era pouco conhecido fora de Illinois quando foi escolhido para fazer o importante pronunciamento. Mas ele havia impressionado John Kerry, o democrata nomeado à Presidência, depois que o senador de Massachusetts havia ouvido ele falar num evento para angariar fundos para o partido e os dois fizeram campanha juntos em Chicago na primavera. Sua aparição na convenção de julho foi seguida por um velho ditado da Broadway: Barak Obama subiu ao palco como um desconhecido, mas saiu dele como um astro.

Comentaristas e políticos estavam zumbindo com conversas sobre seu futuro -e o mencionavam como possível candidato à Presidência. Mas, havia algo primeiro. Quatro meses depois, Obama, com a ajuda de alguns golpes de sorte, conquistou o cargo no Senado dos EUA com enorme vantagem sobre o segundo colocado. Ele se tornou o terceiro senador negro dos EUA desde a Reconstrução.

Desde então, ele tem tido o toque de Midas: dois livros best-sellers, um Grammy por ter gravado um deles, capas de revista, aparições na TV, convites e mais convites. No último outono, Obama se tornou uma das maiores atrações da campanha de 2006, subindo ao palanque com candidatos democratas em todo o país. Até mesmo o presidente Bush percebeu a enorme popularidade de Obama. Quando o senador foi a uma recepção na Casa Branca depois de empossado, Bush avisou que as pessoas estariam com ele na mira, só esperando um deslize.

O anúncio

Desde o momento em que Obama emergiu na cena nacional, a questão tem sido: ele se candidatará à Presidência? Não, não, não, respondeu ele. Absolutamente não. Depois de dois curtos anos no Senado dos EUA, o homem que era um obscuro legislador há pouco tempo, reverteu seu curso. Num dia tempestuoso de fevereiro, Barack Obama voltou a Springfield, às escadarias do Velho Capitólio, onde seu herói Abraham Lincoln foi legislador. Ele foi fazer outro grande discurso. Ele anunciou que se candidataria à Presidência.

Questões polêmicas

Aborto - É a favor do direito ao aborto.

Casamento gay - Deixaria cada estado decidir. É contra a emenda constitucional para banir o casamento gay.

Aquecimento global - Defende a redução das emissões de carbono em 80% até 2050, com limites obrigatórios.

Controle de armas - Votou por deixar fabricantes e negociantes de armas vulneráveis a processos. Apóia restrições mais rígidas.

Saúde pública - Defende cobertura total para crianças e que empregados ajudem a pagar os seguros.

Imigração - Votou pela cerca na fronteira com o México e defende legalidade aos imigrantes ilegais, desde que falem inglês e paguem impostos.

Iraque - Foi contra a invasão. Defende a retirada de todas as brigadas de combate até 31 de março de 2008.

Pesquisa com células-tronco - Apóia a diminuição de restrições no financiamento federal de pesquisas com células-tronco embrionárias.

Impostos - Defende US$ 80 bilhões em descontos para trabalhadores de baixa renda e idosos.

Barack Obama, da mistura cultural à luta pela Presidência dos EUA
Ele fez sucesso com livros, discos e principalmente na política estadual.
Agora, tenta transformar sua popularidade em votos em todo o país.

Fonte:

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir