Manifestantes que apoiam os produtores agropecuários criticam o governo Kirchner em protesto em Buenos Aires, Argentina
Foto: EFE da France Presse, em Buenos Aires
Milhares de manifestantes participam nesta terça-feira em dois comícios que dividem a Argentina, um a favor do governo e outro da oposição, para tentar influenciar o parlamento a apenas 24 horas do debate sobre uma lei de impostos sobre as exportações de grãos.
Ativistas do peronismo no poder, mobilizados pela central operária CGT e as superpopulosas localidades da periferia de Buenos Aires, uniram-se a organizações sociais de piqueteiros desempregados para dar seu apoio à presidente Cristina Kirchner.
O "kirchnerismo" (peronismo social-democrata) tem maioria no Senado e deve aprovar nesta quarta a iniciativa que permite à Receita arrecadar 11 dos 24 bilhões de dólares da colheita de soja apenas por direitos alfandegários, sem contar outros tributos.
Do outro lado, quase toda a oposição liberal, direitista, esquerdista e radical sócio-democrata se uniram às quatro grandes patronais agropecuárias para protestar contra a lei, ao lado de peronistas dissidentes do kirchnerismo fiéis ao ex-presidente peronista liberal Carlos Menem (1989-1999).
A importância dessa lei se dá pelo fato de a Argentina ser o primeiro exportador mundial de farinhas e azeites de soja, o quarto de trigo, o segundo de milho e o terceiro de grãos de soja.
Comícios sobre impostos dividem governistas e opositores na Argentina
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