Categoria Politica  Noticia Atualizada em 23-07-2008

Obama promete apoio a Israel e se encontra com líderes
Em visita a Jerusalém, ele disse que o Estado israelense é "um milagre". Ele também teve encontro "discreto" com Abbas e Fayyad na Cisjordânia.
Obama promete apoio a Israel e se encontra com líderes
Foto: Reuters

O candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, em visita a Jerusalém nesta quarta-feira (23), prometeu apoio a Israel e que descreveu o Estado judeu como "um milagre".

Buscando acalmar o eleitorado judeu dos Estados Unidos, Obama também disse, antes de reunir-se com o presidente israelense, Shimon Peres, que espera ajudar a trazer uma paz duradoura à região.

Em conversa com jornalistas, o senador pelo Estado de Illinois descreveu Israel como "um milagre que floresceu" ao longo de 60 anos. Ele prometeu "comprometimento permanente" com a segurança de Israel. Ele também voltou a criticar o ataque com um trator no centro de Israel, ocorrido na terça-feira e que deixou ao menos 16 feridos.

Usando um quipá (pequeno chapéu) judeu na cabeça, Obama também se reuniu com o ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, e com o líder da oposição de direita Benjamin Netanyahu.

Obama também teve encontros com a ministra israelense do Exterior, Tzipi Livni, e com o primeiro-ministro do país, Ehud Olmert, atualmente ameaçado de ser obrigado a deixar o cargo em meio a uma investigação de corrupção.

"Sempre sou levado de volta à questão central de humanidade que o Holocausto levanta, que, de um lado, mostra a grande capacidade do homem para o mal, mas por outro, mostra nossa capacidade de nos unirmos para parar o mal", disse Obama durante visita ao museu do Holocausto Yad Vashem.

Palestinos
Depois da visita a Israel, o senador teve discretos encontros com líderes palestinos em Ramallah, na Cisjordânia. Ele passou uma hora com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, e com seu primeiro-ministro, Salam Fayyad.

Mas, para não desagradar o eleitorado judeu dos EUA, ele evitou dar muito destaque ao fato e não fez declarações posteriores -- assessores disseram que ele iria divulgar mais tarde uma nota a respeito.

Segundo fontes palestinas, ele disse a Abbas que quer ser um "ator importante" no processo de paz com Israel se for eleito presidente.

Ao chegar a Ramallah, na Cisjordânia, proveniente de Jerusalém, onde visitou o memorial Yad Vashem dedicado às vítimas da Shoah, Obama teve uma reunião de uma hora na Muqataa, o quartel-general da Autoridade Palestina.

"Ele afirmou que deseja uma solução pacífica para o conflito israelense-palestino e será um ator importante no processo de paz desde os primeiros dias de sua presidência", se for eleito em novembro, disse Saëb Erakat, um dos principais negociadores palestinos.

O candidato destacou que "não perderá nenhum instante para buscar um acordo de paz", segundo Erakat.

O presidente palestino repetiu ao lado do senador de Illinois que a "colonização israelense" representa um obstáculo no processo relançado em novembro, e que não registrou desde então progresso significativo.

Em junho, Obama desagradou os palestinos ao dizer, num evento judaico, que Jerusalém deveria ser a capital "não-dividida" de Israel.

Os palestinos reivindicam como capital de seu futuro Estado a parte oriental de Jerusalém, que foi anexada por Israel sem reconhecimento internacional. Israel diz que Jerusalém é sua capital "eterna e indivisível".

Posteriormente, Obama disse que se expressou mal em seus comentários.

"Ele repetiu (nesta quarta) que Jerusalém deve ser um dos pontos do estatuto final negociado pelas duas partes, que Jerusalém continuará sendo a capital de Israel, mas que não deve ser dividida por cercas e pontos de passagem", disse um conselheiro de Obama, tentando esclarecer seus propósitos.

Irã nuclear
Ao final da reunião com Abbas, Obama foi imediatamente a Sdérot, no sul de Israel, alvo freqüente de ataques de foguetes palestinos até a entrada em vigor de uma trégua entre Israel e o Hamas em 19 de junho.

Obama também voltou a dizer que um ataque nuclear iraquiano seria uma "grave ameaça" e que o mundo deve impedir Teerã de ter acesso a armas nucleares.

"Um Irã nuclear seria uma grave ameaça, e o mundo deve impedir o Irã de obter uma arma nuclear", disse a jornalistas depois de visitar a cidade israelense de Sderot, próximo à fronteira com a Faixa de Gaza.

Obama promete apoio a Israel e se encontra com líderes palestinos
Em visita a Jerusalém, ele disse que o Estado israelense é "um milagre".
Ele também teve encontro "discreto" com Abbas e Fayyad na Cisjordânia.

Fonte:

Acesse o G1

 
Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir