Jogadores rubro-negros querem saber como e por que os torcedores tiveram acesso ao treinamento na manhã desta terça-feira, na Gávea
Foto: globo.com O discurso conciliador do capitão Fábio Luciano sobre a manifestação de integrantes de torcidas organizadas na manhã desta terça-feira, na Gávea, não é unanimidade dentro do elenco do Flamengo. No embarque para Goiânia, no aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, fisionomias fechadas e focos de insatisfação com a violência do protesto (assista ao vídeo ao lado).
A bomba lançada dentro do gramado não partiu do grupo de torcedores que estava ao lado do campo, mas sim de alguém que estava posicionado próximo ao ginásio Cláudio Coutinho. O artefato explodiu perto dos jogadores e estilhaços atingiram o zagueiro Dininho e o atacante Obina.
O defensor teve pequenos cortes na perna, nas costas e atrás da orelha, mas evitou queixas mais duras. Já o baiano foi atingido no braço.
- Não foi nada grave. Poderia ter acontecido algo mais sério, mas tenho certeza de que não ocorrerá nada além disso porque os resultados positivos vão voltar - declara Dininho.
Alguns atletas querem explicações da diretoria. Eles não entendem como e por que os torcedores tiveram o acesso liberado.
- Não deve ser tão simples entrar na Gávea (normalmente, apenas sócios podem assistir aos treinos). Carregaram uma bomba para dentro do clube e poderiam ter levado algo pior. Temos de saber de onde partiu essa autorização. Só nos traz insegurança, não há nada de positivo - reclama o lateral-esquerdo Juan.
Roleta quebrada
O gerente de futebol do Fla, Isaías Tinoco, diz que não foi consultado pelos seguranças do clube sobre a presença dos torcedores. Segundo um funcionário do Flamengo, os manifestantes entraram pela porta lateral, na rua Gilberto Cardoso, e seguiram direto para o campo. A roleta do local está quebrada há mais de dois anos e o controle da entrada é feito por duas pessoas (um homem e uma mulher).
Um dos mais exaltados durante a confusão, o volante Ibson explicou que seu filho Ibson Júnior, de menos de um ano, estava assistindo ao treino e isso o preocupou ainda mais. Em sexto lugar no Brasileiro e há seis jogos sem vencer, o Flamengo enfrenta o Goiás nesta quarta-feira, no Serra Dourada.
Estilhaços de bomba atingem Dininho e Obina.
Jogadores rubro-negros querem saber como e por que os torcedores tiveram acesso ao treinamento na manhã desta terça-feira, na Gávea.
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