Veber que participou de cursos de aperfeiçoamento em Ouro Preto e Congonhas assegura que as pessoas confundem o móvel velho com o antigo
Veber Lima. (Foto: Arquivo maratimba.com) "Aprendi a restaurar peças com meu pai que detalhou todos os passos para se fazer um bom trabalho", disse Veber Lima , mineiro de Itabirito e radicado em Marataízes a quinze anos e a oito restaurando peças de antiguidade.
Depois de interromper sua carreira por um longo período onde foi funcionário público em Contagem, voltou para a velha paixão da restauração. "As pessoas não têm mais interesse de encomendar um móvel, pois esse processo leva tempo, preferem os móveis descartáveis que depois jogam em detrimento a um que é peça única, uma obra de arte", ressaltou.
Aponta como o melhor centro para a profissão o Estado de Minas Gerais. "Já achei aqui muitos móveis no lixo que o destino seria para lenha", comenta.
Veber que participou de cursos de aperfeiçoamento em Ouro Preto e Congonhas assegura que as pessoas confundem o móvel velho com o antigo. Exemplificou dizendo que o móvel velho é aquele que pode ter até dois anos de uso, mas já se apresenta destruído.
O antigo é de boa procedência e marca um estilo de uma época. "Restaurei um móvel de cento e quarenta anos. São de um período onde o marceneiro usava madeiras como peroba, vinhático, cedro, São Gonçalo, imbuia Agora tem móveis feitos de papelões prensados" garante.
Indagado se o mercado de restauração tem futuro com a modernização dos utensílios, o apaixonado pela nobre arte é reticente. "Faço esse serviço por paixão e quando vejo jovens como o dentista Gustavo Mezher fazendo de sua residência um apanhado de peças antigas isso me redobra o fôlego", finaliza Veber.
Fonte: Redação Maratimba.com
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