Funcionários da companhia aérea Alitalia protestam em frente ao Ministério do Trabalho, em Roma (Itália)
Foto: Andreas Solaro/AFP da Efe, em Roma
Os sindicatos que representam os pilotos e assistentes de vôo da companhia aérea italiana Alitalia rejeitaram nesta sexta-feira o novo convênio coletivo incluído no plano de recuperação da empresa, que está sendo discutido nestes dias.
A nova proposta contratual apresentada pela CAI (Companhia Aérea Italiana), que reúne os empresários que querem comprar a parte rentável da Alitalia, é "inaceitável", segundo um comunicado conjunto dos sindicatos Anpac, UP, Avia, Anpav e SDL.
Os sindicatos denunciam que, entre outras coisas, o chamado "Plano Fenix", pensado para ajudar a companhia aérea, prevê renegociar todos os contratos de pilotos e assistentes de vôo da Alitalia e do novo aliado, a também italiana Air One.
Diante disso, os sindicatos que representam os pilotos --Anpac e UP-- abandonaram hoje as negociações e exigiram a abertura de uma mesa para falar separadamente com o governo, que detém participação na companhia.
"Nós nos levantamos da mesa de negociações, embora sem romper o diálogo, porque acreditamos que os problemas dos pilotos não podem ser enfrentados junto aos das outras categorias", afirmou o secretário-geral da UP, Roberto Spinazzola.
Os representantes desses trabalhadores já tinham expressado seu mal-estar devido aos 3.250 cortes previstos no plano de salvamento da Alitalia, grande parte deles de pilotos e assistentes de vôo.
A oposição destes sindicatos é o primeiro obstáculo que surge nas negociações que os representantes dos trabalhadores estão mantendo nestes dias com o governo e a CAI sobre o plano de recuperação da Alitalia.
As negociações continuarão nos próximos dias e os empresários esperam chegar a um acordo antes de quinta-feira.
Sindicatos rejeitam plano de recuperação da Alitalia.
Funcionários da companhia aérea Alitalia protestam em frente ao Ministério do Trabalho, em Roma (Itália). No final de agosto, a companhia declarou estado de insolvência e pediu administração extraordinária para sair da crise financeira em que se encontra. Na última segunda, os sindicatos rejeitam plano de recuperação da empresa.
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