Categoria Informativo CDL  Noticia Atualizada em 19-09-2008

Renda é a maior em 10 anos
A renda do capixaba nunca esteve tão alta. A média salarial passou de R$ 753,00, em 1997, para R$ 839,00, em 2007, o que representa aumento real de 11%.
Renda é a maior em 10 anos

A renda do capixaba nunca esteve tão alta. A média salarial passou de R$ 753,00, em 1997, para R$ 839,00, em 2007, o que representa aumento real de 11%. Esse crescimento permitiu uma alta também recorde de pessoas que entraram na classe média.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentados ontem pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN).

Segundo a pesquisa, entre 2001 e 2006, 15,8% dos capixabas entraram na classe média, número superior aos da Região Sudeste (10,1%) e do Brasil (10,5%). Isso significa que, em 2006, 46,6% dos moradores do Estado faziam parte dessa categoria social.

?Em 2006, o número de pessoas na classe média foi 50% superior ao de 2001, e isso representa ganhos na economia. Esse segmento representa o bojo da sociedade, são as que mais consomem, poupam mais e buscam crédito?, afirma a diretora presidente do Instituto Jones dos Santos Neves, Ana Paula Vitaliz Janes Vescovi.

Rendimentos

No Estado, o rendimento médio mensal domiciliar em 2007, segundo a pesquisa, foi de R$ 1.711,00, um aumento real de 4,1% em relação à média de 2006. Segundo os dados, em 2001, o percentual da população economicamente ativa que ganhava entre um e dois salários mínimos no Estado era de 27,5%, contra 33,5% em 2007. No mesmo período, o número de pessoas sem rendimento diminuiu de 18,5% para 14,1%.

Segundo Ana Paula Vescovi, os números evidenciam uma evolução positiva nos investimentos no Estado.

Ela cita ainda que o percentual da população economicamente ativa também aumentou de 60,5% em 2001 para 63,5% em 2007. A taxa de formalidade da economia seguiu a tendência e, no mesmo período, subiu de 44,3% para 53,2% da população. Ou seja, mais da metade dos moradores do Estado contribuem para a Previdência.

?A expectativa é de que esses números continuem melhorando. Mesmo com a crise econômica nos Estados Unidos, que de certa forma afeta todo o mundo, temos boas projeções para o Estado e para o Brasil, embora tenhamos que ficar atentos ao mercado?, completa.

A diretora afirma que a projeção de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) também deve superar a estimativa de crescimento do índice brasileiro, que é de 4,5%, e atingir os 6%.

Renda baixa não impede consumo caro

Um exemplo de como as pessoas com renda mais baixa têm consumido produtos mais caros é o da família de Danylo Quintino Dias, 16 anos, que mora no bairro Modelo, em Cariacica. Na residência, onde ele mora com a mãe e a esposa, há duas televisões e um computador com monitor LCD. ?Minha mãe ganha salário mínimo, mas conseguiu comprar o computador, a impressora e a mesa parcelando em várias vezes?, contou. Segundo Danylo, na vizinhança, há muitas pessoas que também têm computadores. Porém a reclamação geral no bairro e em Flexal é que internet banda larga ainda não está disponível. ?Tem até uma comunidade no Orkut pedindo que a empresa instale a conexão rápida?, disse.

Previdência ganha mais contribuintes

O percentual de pessoas ocupadas no Espírito Santo que contribuíram para a Previdência Social em 2007 foi de 53,2%, mostra o IBGE. Em 2001, esse percentual era de 45,7%. Esse número segue a tendência nacional. Pela primeira vez na história do país, o percentual de contribuintes para a Previdência é maior que 50% da força de trabalho. A pesquisa revela que, em 2007, 46,1 milhões de trabalhadores no Brasil contribuíam para o INSS em qualquer um dos trabalhos que tinha, com aumento de 5,7% em relação a 2006.

Análise

César Augusto Gomes , Consultor financeiro e tributário

O Espírito Santo passa por um período de acolhimento de muitas grandes empresas, principalmente dos setores de petróleo. Nesse segmento, há formação profissional qualificada, o que significa que os salários aumentam.

Percebemos que, nesse contexto, falta no Estado mão-de-obra especializada. Uma outra tendência que verificamos, e que já é comum em Estados como São Paulo que o profissional deixe de ser empregado para ser consultor ou montar uma pequena prestadora de serviço, em que tenha remuneração melhor.

Isso também repercute no aumento da renda. Há empresas, ainda, que incentivam os empregados a terceirizar serviços. Um funcionário contratado custa o dobro. O lado bom é que esse empreendedorismo gera outros empregos. É a modernização das relações trabalhistas.

Outro ponto que ressalto é o fato de o profissional liberal que tem o próprio negócio trabalha de 12 a 14 horas sem reclamar.

Esse é o pulo do gato, já que quanto mais se trabalha, mais ganha.

Um Estado melhor

MERCADO DE TRABALHO

O que melhorou

Número de pessoas ocupadas na área rural: subiu de 66,9% para 67,5% (2006/2007)

Número de pessoas que trabalham com carteira assinada: subiu de 48% para 57,6% (em 10 anos)

Número de pessoas que contribuem com o INSS: subiu de 51,6% para 53,2% (2006/2007)

Número de crianças trabalhando: caiu 17,3% (2006/2007)

Número de mulheres empregadas: subiu de 31,6% para 36,8% (em 10 anos)

O que piorou

Número de pessoas ocupadas: diminuiu em 3,5% - de 1,759 milhão para 1,697 milhão (2006/2007)

Desocupação: subiu de 6,8% para 10,3% (2006/2007)

RENDA

O que melhorou

Renda mensal do trabalho: cresceu 11,2% (2006/2007)

Renda mensal real: subiu de R$ 753 para R$ 839 (em 10 anos)

Índice Gini (desigualdade na renda): caiu de 0,537 para 0,507 (2004/2007)

Rendimento médio domiciliar: aumento real de 4,1% (2006/2007)

O que piorou

Domicílios com renda acima de 5 salários mínimos: caiu de 37,8% para 23,9% (em 10 anos)

Educação

O que melhorou

Taxa de analfabetismo: de 13,8% para 8,5% (em 10 anos)

Analfabetismo funcional: o número de pessoas com 10 anos ou mais de idade com menos de 4 anos de estudo completos passou de 22,1% em 2006 para 21,1% (em 2007)

Freqüência escolar: na faixa etária de 18 a 24 anos houve aumento da freqüência escolar de 25,6% para 28% (2006/2007)

Ensino superior: alta de 5,2% no número de estudantes (2006/2007)

O que piorou

Freqüência escolar: na faixa etária de 7 a 14 anos caiu de 97,6% para 96,9% (2006/2007)

Habitação e Bens

O que melhorou

Domicílios: a quantidade de domicílios próprios passou de 68,9% para 70,2% do total de domicílios (2006 e 2007)

Computador: houve alta de 60% do número de casas com microcomputador, entre 2002 e 2007 (77% com internet)

TV: o número de famílias com TV passou de 87,8% em 1997 para 95,8% em 2007

Geladeira: o número de domicílios com geladeira passou de 86,5% para 96,1% (em 10 anos)

Máquina de lavar: número de residências com máquina de lavar subiu de 33,7% para 96,1% (2001/2007)

Acesso ao telefone: o número de casas com acesso a celular ou fixo subiu de 58,9% para 81,9% (2001/2007).

Celular: subiu de 11,2% para 81,9% o número de casas com acesso (2003/2007)

Telefone fixo: subiu de 23,4% para 36,3% o número de telefones fixos nas casas (2003/2007)

Consumo aparente de cimento: em 2001, o consumo foi de 767.578 toneladas. Entre abril de 2007 e abril de 2008, esse número saltou para 1.009.587.

Automóveis: em 2002 foram vendidos 20.775 veículos, contra 49.518 entre julho de 2007 e julho de 2008.

Motos: Em 2002 foram 15.969 motos vendidas, contra 47.380 entre 2007 e 2008.

O que piorou

Freezer: o número de famílias com freezer caiu de 24,1% para 22,3% (em 10 anos)

Rádio: o número de domicílios com rádio passou de 89,6% para 87,8% (10 anos)

Fernanda Zandonadi
[email protected]
Da Redação Multimídia

Fonte: Gazeta On-line
 
Por:  CDL Marataízes e Itapemirim    |      Imprimir