Categoria Tragédia  Noticia Atualizada em 29-09-2008

Mulher arrastada por motorista bêbado em Araraquara (SP) está em coma
O pai da auxiliar de escritório Flaviana Barbosa, que foi atropelada e arrastada por um carro em Araraquara, interior de São Paulo, mostra a foto da filha que está em coma induzido
Mulher arrastada por motorista bêbado em Araraquara (SP)  está em coma
Foto: Silva Junior/Folha Imagem

da Folha Online
A auxiliar de escritório Flaviana Barbosa, 27, que foi atropelada e arrastada por um carro em Araraquara (273 km de São Paulo) na noite de sexta-feira (26) está em coma induzido. Ela tem queimaduras em aproximadamente 40% do corpo, causadas pelo esfolamento sofrido no asfalto --ela ficou presa ao carro e foi puxada por cerca de 900 metros.

De acordo com o chefe da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Beneficência Portuguesa, Marden Amaral Filho, Barbosa corre risco de morte porque, mesmo em coma induzido, ela pode apresentar quadros de desidratação, hipotermia e infecção. Ela sofreu perda óssea --na região da bacia--, muscular e teve o osso do crânio exposto devido às dilacerações.

"Difícil achar alguém que tenha sentido dor tão grande", disse o médico, que acompanha uma equipe com cirurgiões plásticos e ortopédicos que tratam de Barbosa.

Segundo Amaral Filho, caso se recupere, a auxiliar de escritório deve ficar de dois a três meses internada e precisará de diversas cirurgias plásticas.

Motorista bêbado

Barbosa estava na garupa da moto do noivo quando o casal foi atingido por um carro dirigido por Adilson Oliveira, 26. Segundo a polícia, Oliveira confessou ter ingerido bebida alcoólica e disse não ter percebido que a arrastava --ele se negou a fazer o teste do bafômetro. Oliveira fugiu, mas foi preso.

O noivo da vítima, Thiago Robim, disse que o carro que a atropelou estava a 130 km/h.

"Eu estava a 45 km/h e fui ultrapassar um Monza quando ele bateu na traseira da gente", disse Robim, que sofreu escoriações. Segundo ele, após a batida, o motorista acelerou, e a blusa de Flaviana ficou presa no carro.

Outros casos

Recentemente, outros casos de pessoas atropeladas e arrastadas foram registrados em diferentes cidades do país.

No dia 31 de julho,o soldado da Polícia Militar Alexandre Sérgio de Oliveira Sobrinho, 29, morreu após ser arrastado no centro de Diadema (Grande São Paulo). Ao abordar veículos na rua Graciosa, ele foi agarrado pela farda pelo ocupante de um Gol e arrastado por cerca de 500 metros.

No dia 19 de julho, o porteiro Charles José Loureiro, 59, foi internado em estado grave após ser atropelado e arrastado por quatro quadras em Rio Claro (173 km de São Paulo).

No dia 7 de junho, o soldado do Exército Leonardo Sales da Silva, 19, morreu após ser atropelado e arrastado por 15 quilômetros em Campo Grande (MS).

Em março, um homem ficou gravemente ferido depois de ser arrastado por cerca de 30 metros por criminosos que roubaram seu carro, no bairro Jardins das Mansões, em Campo Grande (MS).

Em fevereiro de 2007, o menino João Hélio Fernandes Vieites, 6, morreu após ser arrastado por 7 km nas ruas da zona norte do Rio, preso ao cinto de segurança do veículo levado por assaltantes.

Mulher arrastada por motorista bêbado em Araraquara (SP) está em coma.

O pai da auxiliar de escritório Flaviana Barbosa, que foi atropelada e arrastada por um carro em Araraquara, interior de São Paulo, mostra a foto da filha que está em coma induzido. Ela tem queimaduras em aproximadamente 40% do corpo, causadas pelo esfolamento sofrido no asfalto; ela ficou presa ao carro e foi puxada por cerca de 900 metros.


 
Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir