Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 30-09-2008

DENÚNCIAS NA EDUCAÇíO
O triste quadro de alimentos que sobram no lixo já se repete em diversos municípios do Estado
DENÚNCIAS NA EDUCAÇíO
pães de cachorro quente e demais ingredientes no lixo

Problemas, desmandos e conveniências. Este é o tripé que marca a base de tudo no Estado que é a nossa educação, regado a pedaços de bom-bril misturados na merenda escolar. Não bastassem a enganação e os malfadados "programas desenvolvimentistas" que escondem a verdadeira realidade do setor no Estado, temos que conviver com situações que deveriam contribuir para o avanço para uma educação de qualidade, acabam por restringir-se apenas à desqualificação e desordenamento da mesma. Há pouco mais de um mês implantado o processo de terceirização da merenda escolar, já colhe os "louros do destoamento do processo ensino-aprendizagem correlacionado à alimentação.

O triste quadro de alimentos que sobram no lixo já se repete em diversos municípios do Estado, e em Guarapari, a Cidade Saúde, pães de cachorro quente e demais ingredientes foram para a lata do lixo, porque não poderiam ser reaproveitados, tampouco terem sido destinados aos alunos que já tinham merendado uma vez. Não podem e não puderam repetir. Foi o que a equipe do Conselho de Alimentação Escolar (CAE) constatou na EEEFM "Angélica Paixão", e lavrou em relatório para enviar ao MEC, FNDE, CNTE, Ministério Público, etc.

As explicações, entretanto, dos profissionais da instituição foram que a firma COAN, agora a responsável pelo fornecimento da merenda escolar, orienta que seja servida uma única vez a merenda para cada aluno; tendo que para isso, no início do turno a Coordenação verificar quantos alunos vão merendar, para que as merendeiras não façam mais do que o quantitativo levantado.

As conseqüências têm se traduzido em desastres após outros: primeiro, os profissionais têm se desviado de suas funções; segundo, os alunos não têm merendado como antes da terceirização; terceiro, os que merendam acham que não estão sendo bem atendidos; quarto, o número de alunos merendando caiu vertiginosamente, devido à exposição que consideram ficar; e, quinto, os que merendam reclamam da falta de fartura, ao contrário do que ocorria anteriormente.

Verificadas denúncias como esta, o CAE estadual contabiliza uma extensa lista de reclamações no gênero, como já registrado em Itaguaçu, Santa Maria de Jetibá, Brejetuba, entre outros. A principal reclamação é a "ditadura da ficha". A metodologia de distribuir fichas para garantir que os alunos merendem uma só vez; tem desencadeado uma situação de chateação e desconforto no interior das escolas.


Fonte: O Autor
 
Por:  Júlio César A. dos Santos    |      Imprimir