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Bovespa sobe apesar de tensão nos mercados

Mercado aguarda votação de pacote anticrise pela Câmara dos EUA

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) recupera parte das perdas da véspera nesta sexta-feira (3), apesar da apreensão dos mercados com relação à crise financeira, que se intensificou nas últimas duas semanas. Às 10h05, o Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, registrava alta de 1,06%, aos 46.636 pontos.

Os mercados vivem um dia de tensão à espera da votação do pacote de salvamento dos bancos pela Câmara dos EUA, o que deve acontecer ainda nesta sexta-feira. Depois de ser rejeitado na Casa na segunda-feira (29), o plano de ajuda a bancos passou por mudanças, garantindo que o contribuinte norte-americano - que, afinal, vai pagar a conta da proposta - também tenha vantagens.

Na Europa, os mercados operam sob instabilidade. Por volta das 9h30 (horário de Brasília), o FTSE-100, de Londres, tinha alta de 0,19% Na Espanha e na Alemanha, os principais indicadores subiam 0,62% e 0,18%, respectivamente. Na mão contrária, a bolsa de Paris operava em baixa de 0,17%, mesma direção do mercado italiano, que caía 0,48%..

Nas bolsas asiáticas, a apreensão dominou os negócios e os principais indicadores fecharam com baixa. O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou em baixa de 1,94%. A Bolsa de Hong Kong encerrou com perdas de 2,9%. Os mercados de valores de Xangai e Seul estão fechados por conta de feriados locais.

Véspera

A quinta-feira foi um dia de fortes tensões no mercado brasileiro. Ao fim do pregão, o Ibovespa teve queda de 7,34%, terminando o dia aos 46.145 pontos. No meio da tarde, a queda se aproximou dos 10%.

Perto do fim do pregão, de acordo com a Bovespa, apenas uma ação do principal índice nacional registrava alta no dia. Tratava-se da companhia aérea TAM, que subia pouco mais de 1% na esteira da queda do petróleo - o querosene de aviação é um dos principais componentes de custos do setor.

Crise de confiança

Os mercados estão reticentes quanto à votação do pacote de US$ 700 bilhões em ajuda aos bancos pela Câmara dos EUA.Grandes "gurus" econômicos tiveram avaliações diversas da crise nesta quinta-feira. O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou comunicado em que avalia que a situação dos EUA é de "crise completa" e que o país corre risco de entrar em recessão.

O ex-presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Alan Greenspan, afirmou que a crise é daquelas que aparecem somente uma vez a cada século. Entretanto, ele disse confiar que os mercados têm capacidade de recuperação e que eles podem se reerguer mais rápido que o esperado.

Bovespa sobe apesar de tensão nos mercados.

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Por: Felipe Campos | Imprimir