Categoria Geral  Noticia Atualizada em 14-10-2008

Ainda sem negociação, bancários realizam assembléias
Agência em Brasília permanece fechada com a greve dos bancários decretada por tempo indeterminado. Categoria realiza assembléias hoje.
Ainda sem negociação, bancários realizam assembléias
Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

A greve dos bancários de todo o país entra nessa segunda-feira em seu quarto dia útil. Sem sinais de negociação da parte dos setores patronais, a categoria vai decidir os rumos da greve em assembléias regionais no final da tarde.

O último balanço da greve, feito pela Contraf (Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, ligada à CUT), indicou que, na sexta-feira passada (10), a greve atingia mais de 5.000 agências nos 27 Estados brasileiros.

Em São Paulo, 14.200 bancários aderiam à paralisação em São Paulo, Osasco e Região, segundo levantamento do sindicato local. O número representa 12% da base sindical. O número caiu com relação ao balanço da sexta-feira passada, que indicava uma adesão de cerca 34.800 bancários, ou cerca de 28% da categoria.

Segundo o sindicato, estão paralisadas 308 agências bancárias e os centros administrativos do Unibanco na Praça do Patriarca e na Rua Boa Vista, o Centro Administrativo São Paulo (Casp) do HSBC, na Vila Leopoldina, os prédios administrativos do Banco do Brasil, da Rua Verbo Divino e do Complexo São João, além do prédio da Aymoré, financeira do banco Real, na região central da capital paulista.

Desde a sexta-feira passada, algumas regiões estão incluindo no calendário das manifestações homenagens críticas aos 200 anos do Banco do Brasil. Hoje, haverá um ato com essa motivação em Curitiba (PR), às 16h30, na Praça Tiradentes - informou a Agência Brasil. Na capital do Paraná, segundo o sindicato, 168 das 329 agências e 13 centros administrativos de bancos estão fechados. Cerca de 13,3 mil trabalhadores estão em greve.

Impasse e reivindicações
Os bancários estão em um impasse com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), cuja última proposta salarial foi feita no dia 24 de setembro, antes mesmo da paralisação de 24h da categoria, no último dia 30.

As principais reivindicações dos bancários são: 5% de aumento real (a proposta da Fenaban é de 0,35%); valorização dos pisos salariais; aumento do valor e simplificação da distribuição da PLR (Participação nos Lucros e Resultados); vale-refeição de R$ 17,50; cesta-alimentação equivalente a um salário mínimo (R$ 415); fim das metas abusivas e do assédio moral; mais segurança nas agências; mais contratações.

Aderiram à greve os bancários dos Estados do Acre, Rondônia, Ceará, Alagoas, Piauí, Mato Grosso, Espírito Santo, Paraíba, sul do Rio de Janeiro, além das capitais São Paulo (SP), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS)(nesta última, exceto Banco do Brasil e Banrisul). Seguem em greve desde a semana passada: Pernambuco, Pará, Amapá, Maranhão, Rio Grande do Norte, Sergipe, Brasília (DF) e Salvador (BA).

Ainda sem negociação, bancários realizam assembléias para decidir rumo da greve.

Agência em Brasília permanece fechada com a greve dos bancários decretada por tempo indeterminado. Categoria realiza assembléias hoje.


 
Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir