Categoria Geral  Noticia Atualizada em 15-10-2008

No sétimo dia de greve, bancários de SP são chamados ao TRT
Bancários em greve discutem com policiais militares na entrada do Centro Empresarial Itaú Conceição (CEIC) do Banco Itaú, em São Paulo
No sétimo dia de greve, bancários de SP são chamados ao TRT
Foto: Mauricio Morais/SEEBSP

Os grevistas do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e a Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul foram chamados para uma audiência de conciliação hoje no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na capital. Os líderes sindicais tentarão entrar em acordo com o Ministério Público do Trabalho, que na quinta-feira passada entrou com uma liminar exigindo atendimento mínimo de 70% em todos os bancos.

"Nós estamos agindo dentro da lei de greve, do jeito que está na Constituição. Essa liminar não pode ferir uma legislação superior", argumentou o presidente do sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, reconhecendo que, na prática, essa liminar pode esvaziar a greve.

A reunião está marcada para as 13h30. A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos, patronal) também deverá participar.

A audiência deverá ser acompanhada por manifestações dos bancários do lado de fora do prédio do TRT, na Rua da Consolação. Em São Paulo, o último balanço divulgado pelo sindicato indica que 14.200 bancários, ou 12% da base sindical, estão de braços cruzados.

Sem negociação, greve faz uma semana
Ontem à noite, os bancários de 24 capitais e 148 sindicatos filiados à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) decidiram pela continuidade da greve por tempo indeterminado. Segundo a Contraf, a greve paralisação atinge 5 mil agências em todo o país. As bases de Manaus, Goiânia e Palmas, filiadas à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Crédito (Contec), também estão paralisadas desde a quarta-feira passada.

Os bancários estão em um impasse com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), cuja última proposta salarial - aumento de 0,35% - foi feita no dia 24 de setembro, antes mesmo da paralisação de 24h da categoria, no último dia 30.

As principais reivindicações dos bancários são: 5% de aumento real; valorização dos pisos salariais; aumento do valor e simplificação da distribuição da PLR (Participação nos Lucros e Resultados); vale-refeição de R$ 17,50; cesta-alimentação equivalente a um salário mínimo (R$ 415); fim das metas abusivas e do assédio moral; mais segurança nas agências; mais contratações.

Bancários em greve discutem com policiais militares na entrada do Centro Empresarial Itaú Conceição (CEIC) do Banco Itaú, em São Paulo. Bancários de todo o país entram hoje no sétimo dia de greve.


 
Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir