Bancários em greve discutem com policiais militares na entrada do Centro Empresarial Itaú Conceição (CEIC) do Banco Itaú, em São Paulo
Foto: Mauricio Morais/SEEBSP Os grevistas do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e a Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul foram chamados para uma audiência de conciliação hoje no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na capital. Os líderes sindicais tentarão entrar em acordo com o Ministério Público do Trabalho, que na quinta-feira passada entrou com uma liminar exigindo atendimento mínimo de 70% em todos os bancos.
"Nós estamos agindo dentro da lei de greve, do jeito que está na Constituição. Essa liminar não pode ferir uma legislação superior", argumentou o presidente do sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, reconhecendo que, na prática, essa liminar pode esvaziar a greve.
A reunião está marcada para as 13h30. A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos, patronal) também deverá participar.
A audiência deverá ser acompanhada por manifestações dos bancários do lado de fora do prédio do TRT, na Rua da Consolação. Em São Paulo, o último balanço divulgado pelo sindicato indica que 14.200 bancários, ou 12% da base sindical, estão de braços cruzados.
Sem negociação, greve faz uma semana
Ontem à noite, os bancários de 24 capitais e 148 sindicatos filiados à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) decidiram pela continuidade da greve por tempo indeterminado. Segundo a Contraf, a greve paralisação atinge 5 mil agências em todo o país. As bases de Manaus, Goiânia e Palmas, filiadas à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Crédito (Contec), também estão paralisadas desde a quarta-feira passada.
Os bancários estão em um impasse com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), cuja última proposta salarial - aumento de 0,35% - foi feita no dia 24 de setembro, antes mesmo da paralisação de 24h da categoria, no último dia 30.
As principais reivindicações dos bancários são: 5% de aumento real; valorização dos pisos salariais; aumento do valor e simplificação da distribuição da PLR (Participação nos Lucros e Resultados); vale-refeição de R$ 17,50; cesta-alimentação equivalente a um salário mínimo (R$ 415); fim das metas abusivas e do assédio moral; mais segurança nas agências; mais contratações.
Bancários em greve discutem com policiais militares na entrada do Centro Empresarial Itaú Conceição (CEIC) do Banco Itaú, em São Paulo. Bancários de todo o país entram hoje no sétimo dia de greve.
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