Categoria Geral  Noticia Atualizada em 06-11-2008

Protestos Contra a China
Hist�rico encontro entre o presidente de Taiwan, Ma Ying-jeou, e o principal negociador chin�s a visitar a ilha, Chen Yunlin, � marcado por protestos.
Protestos Contra a China
Foto: Reuters/Pichi Chuang

Taip�, 6 nov (EFE).- O hist�rico encontro entre o presidente de Taiwan, Ma Ying-jeou, e o principal negociador chin�s a visitar a ilha, Chen Yunlin, concluiu hoje a viagem do enviado do Governo da China, marcada pelos fortes protestos independentistas.

Ma expressou a Chen, presidente da Associa��o para as Rela��es entre os Dois Lados do Estreito de Taiwan (Arats, em ingl�s), seu desejo de elevar o n�vel dos encontros e de conseguir com a China maior espa�o internacional para a ilha.

"Espero que ambas as partes reconhe�am a realidade pol�tica, sem se negarem mutuamente, e que ampliem a coopera��o sobre a base da paz e do bem-estar dos povos", declarou o presidente de Taiwan, enquanto protestos independentistas tomavam conta das ruas de Taip�.

Ma tamb�m reconheceu a "grande import�ncia dos acordos" selados por Chen e pelo presidente da Funda��o para o Interc�mbio no Estreito (SEF, em ingl�s), Chiang Pin-kung, o que acaba com muitas restri��es de contatos diretos em vigor desde 1949.

"As empresas taiuanesas, especialmente as que contam com investimentos na China, economizar�o centenas de milh�es de d�lares com a assinatura de acordos de transporte a�reo e mar�timo de carga", destaca a economista taiuanesa Cristina Cheng.

A oposi��o n�o se mostra t�o positiva e acusa Ma de "vender a soberania taiuanesa por dinheiro" e teme que a aproxima��o econ�mica leve � uni�o pol�tica e ao "fim da democracia", segundo o presidente do Partido Democr�tico Progressista (MCT), Tsai Ing-wen.

Ma tenta conseguir vantagens econ�micas e financeiras junto � China, mas sem concess�es na quest�o da soberania, para n�o desencadear a ira da oposi��o, que tem o apoio de mais de um ter�o do eleitorado.

Como era esperado, Ma n�o conseguiu que Chen o chamasse de presidente, como desejava a oposi��o independentista, e o enviado chin�s evitou o uso de t�tulos ao entregar um presente ao l�der com escassez de palavras.

Ma recebeu Chen na qualidade de presidente da Rep�blica da China (nome oficial de Taiwan) e reiterou seu compromisso com a aproxima��o econ�mica e civil da Rep�blica Popular da China (nome oficial da China continental), por meio de negocia��es pragm�ticas e pac�ficas, deixando temporariamente de lado o espinhoso assunto da soberania.

O presidente de Taiwan disse � imprensa que a negocia��o n�o representa menosprezo nem � soberania nem � dignidade nacional.

"A Rep�blica da China � um pa�s soberano e independente, e seus 23 milh�es de cidad�os t�m direito a decidir seu destino", declarou Ma para apaziguar a oposi��o.

"N�o se negociou a soberania, nem a soberania e a dignidade nacional foram diminu�das", declarou Ma, que prometeu em sua posse que durante seu mandato n�o haveria declara��o formal de independ�ncia ou negocia��es para a unifica��o, mas se manteria a atual situa��o de independ�ncia de fato.

O encontro foi realizado em um hor�rio diferente do previsto anteriormente, por causa dos protestos do MCT, e foi cercado por um forte esquema de seguran�a.

Durante a visita de Chen � ilha, al�m dos acordos de liberaliza��o dos la�os postais e dos transportes mar�timo e a�reo e a cria��o de um mecanismo de seguran�a alimentar, foi acertado o refor�o da coopera��o financeira perante a crise mundial.

O chefe do Parlamento de Taiwan, Wang Jin-pyng, pediu a Chen que a China retire os m�sseis apontados para a ilha e conceda maior espa�o internacional, solicita��o � qual o enviado chin�s respondeu que o mais urgente � cumprir as negocia��es econ�micas.

A visita de Chen foi poss�vel pela chegada de Ma ao poder, que ap�s abandonar o independentismo radical de seu antecessor, Chen Shui-bian, adotou uma pol�tica de aproxima��o econ�mica e civil com a China, deixando de lado as quest�es pol�ticas.

Taiwan e China s�o governadas separadamente desde o fim de um conflito civil, em 1949, mas Pequim considera a ilha parte de seu territ�rio, e Taiwan se considera um Estado soberano herdeiro da Rep�blica da China, fundada no continente em 1911.

Encontro entre presidente de Taiwan e enviado chin�s conclui visita hist�rica.

Hist�rico encontro entre o presidente de Taiwan, Ma Ying-jeou, e o principal negociador chin�s a visitar a ilha, Chen Yunlin, � marcado por protestos independentistas nas ruas de Taip�.


 
Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir