Categoria Economia  Noticia Atualizada em 07-11-2008

"Inflação oficial" sobe após quatro meses de queda
IPCA registrou alta de 0,45% em outubro, segundo o IBGE. Preços dos alimentos foram principais responsáveis pela alta.
"Inflação oficial" sobe após quatro meses de queda
Foto: G1

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta na passagem de setembro para outubro, de 0,26% para 0,45%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (7). O indicador vinha desacelerando desde o pico de 0,79% em maio.

A taxa também é a maior desde julho, quando ficou em 0,53%. O IPCA é o índice oficial utilizado pelo Banco Central para cumprir o regime de metas de inflação, determinado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Com esse resultado, o acumulado no ano de 2008 está em 5,23%. Nos últimos 12 meses, o acumulado situa-se em 6,41%.

Alimentos
Os preços dos alimentos foram os principais responsáveis pela alta do IPCA. Com contribuição de 0,16 ponto percentual, o grupo alimentação e bebidas foi responsável por 35% do indicador do mês.

Com o resultado de outubro, os produtos alimentícios acumulam alta de 10,04% no ano, acima de igual período de 2007, quando haviam ficado em 7,76%.

A pressão nos alimentícios ficou concentrada nos feijões (5,66%) - o feijão preto, por exemplo, passou a custar 7,74% a mais - e nas carnes, que, com alta de 3,61%, foram o item com a maior contribuição individual no mês (0,08 ponto percentual).

Demais grupos
Para os produtos não-alimentícios, a taxa passou dos 0,42% de setembro para 0,38% em outubro. A taxa do grupo transportes recuou de 0,39% em setembro para 0,02% em outubro, influenciada pelo recuo na taxa da gasolina, de 0,69% para –0,18%.

A taxa de despesas pessoais também teve queda, de 0,80% para 0,68%, sendo o item cigarros (de 3,17% para 0,40%) o principal responsável pela menor variação de setembro para outubro.

Outros itens importantes na despesa das famílias, embora ainda em alta, mostraram redução no ritmo de crescimento da taxa. Foi o caso dos artigos de limpeza (de 1,84% para 0,72%), de higiene pessoal (de 0,82% para 0,33%) e dos remédios (de 0,30% para 0,13%).

Regionalmente, os maiores resultados do IPCA de outubro ficaram com Brasília (0,60%), Recife (0,59%) e Goiânia (0,58%). O menor índice foi o de Belo Horizonte (0,18%).

INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que registra a variação de preços para famílias com renda de um a seis salários mínimos, apresentou variação de 0,50% em outubro, acima do resultado de setembro (0,15%).

No acumulado no ano, o índice situa-se em 5,77 %, superior à taxa de 3,70% referente ao mesmo período de 2007. Nos últimos 12 meses, o resultado está em 7,26%, também acima da taxa de 7,04% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2007, o INPC havia sido de 0,30%.

Os produtos alimentícios apresentaram variação de 0,67% em outubro, enquanto os não-alimentícios aumentaram 0,43%.

As regiões de Goiânia e Fortaleza apresentaram a maior variação (0,69% cada uma) seguidas do Rio de Janeiro (0,68%). O menor resultado ficou com a região metropolitana de Belo Horizonte (0,11%).

"Inflação oficial" sobe após quatro meses de queda
IPCA registrou alta de 0,45% em outubro, segundo o IBGE.
Preços dos alimentos foram principais responsáveis pela alta.

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir