Categoria Geral  Noticia Atualizada em 07-11-2008

Na escola em que Rachel estudava, pais reclamam de falta de policiamento
Falta seguran�a para os alunos na regi�o, afirmam pais. Secretaria de Seguran�a n�o quis comentar as cr�ticas.
Na escola em que Rachel estudava, pais reclamam de falta de policiamento
Foto: Mar�lia Juste/G1

Mar�lia Juste

Na porta do Instituto de Educa��o Erasmo Pilotto, no centro de Curitiba, pais buscam seus filhos apreensivos desde que a menina Rachel Maria Lobo de Oliveira Genofre, de 9 anos, desapareceu, na segunda-feira (3).

Depois que o corpo da estudante foi encontrado, a situa��o s� piorou. "Est� todo mundo horrorizado", afirmou Lauro F�lix, de 50 anos, que esperava a filha de 14. "As nossas filhas andam por aqui todos os dias. Como � que um animal que faz uma coisa dessas est� solto?", questiona.

O corpo de Rachel foi encontrado na madrugada de quarta-feira (5), dentro de uma mala abandonada, na rodovi�ria da cidade, com sinais de viol�ncia sexual e estrangulamento. A crian�a estava desaparecida desde segunda-feira (3), quando saiu da escola, por volta de 17h30. A pol�cia investiga o caso. O computador usado pela menina e um len�ol encontrado junto ao corpo ser�o analisados.

Lauro e a irm�, Jandira F�lix, aguardavam na porta da escola cerca de uma hora antes da abertura dos port�es. "Quero ver se a pol�cia aparece por aqui. Vou ficar at� o �ltimo aluno ir embora. Porque eu nunca vi policial aqui e trabalho ali do lado h� quatro anos", disse Jandira.

A filha de Lauro, na s�tima s�rie, costuma ir e voltar da escola sozinha, como Rachel fazia. "Agora vamos fazer alguma coisa, vamos dar um jeito. Sozinha aqui ela n�o anda mais", afirma ele.

Neuci Heinz, de 37 anos, sempre levou e buscou a filha de 11. Recentemente, a menina come�ou a pedir para ir sozinha. A m�e prometeu que iria ensinar o caminho. Agora, n�o vai mais.

"Agora acho que ela nunca mais vai sozinha para lugar nenhum. Nunca mais vai sair de perto de mim", afirma a m�e, preocupada.

A filha de 11 anos de M�rcia Diniz, de 41 anos, j� vai e volta sozinha, mas sempre monitorada de perto pela m�e. "Ela tem celular e sempre me liga a cada passo do caminho. Agora a gente fica com medo", diz a m�e, que foi buscar a filha no dia seguinte � not�cia da morte da colega.

Seguran�a

Como Lauro e Jandira, Sandra Kempinski, de 43 anos, tamb�m reclama da falta de seguran�a nos arredores da escola. "Dentro da escola, n�o temos o que reclamar. O pessoal � �timo. Ningu�m sai sem autoriza��o dos pais, eles t�m seguran�a interna. N�o h� reclama��es da porta para dentro. O problema � da porta para fora", conta a m�e de um aluno de oito anos, que j� teve outras duas filhas, hoje com 24 e 18, passarem pela escola.

"Na rua � o problema. Nossa maior briga � por causa desse sem�foro, que ningu�m enxerga direito. N�o tem sem�foro para pedestre, n�o tem um policial orientando a sa�da das crian�as. � um perigo", critica a m�e.

A reportagem do G1 procurou a Secretaria Estadual de Seguran�a do Paran� sobre as queixas dos pais do Instituto de Educa��o. A assessoria de imprensa afirmou que n�o vai se pronunciar sobre nenhum assunto ligado ao caso da menina Rachel Genofre at� que as investiga��es estejam conclu�das.

Protesto

Os colegas de escola de Rachel levaram faixas de protesto para seu enterro e pediram um momento para convidar a todos para um protesto. Os jovens pretendem sair da frente do Instituto de Educa��o Erasmo Pilotto, na manh� de sexta-feira (7), e fazer uma caminhada pelas ruas de Curitiba.

"� uma caminhada de protesto contra esse crime, para gerar mobiliza��o. Queremos que peguem o culpado", afirmou a colega de Rachel, Fl�via Costa, de 12 anos, ao lado da m�e. "Queremos o apoio da comunidade e queremos Justi�a".

Na escola em que Rachel estudava, pais reclamam de falta de policiamento
Falta seguran�a para os alunos na regi�o, afirmam pais.
Secretaria de Seguran�a n�o quis comentar as cr�ticas.

Fonte:

Acesse o G1

 
Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir