Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 02-01-2009

O QUE PENSA DILCÉIA PARA A EDUCAÇíO DE MARATAÍZES
O pretenso título está longe de representar o que abaixo se descreve, mas serve para ilustrar um pouco do que poderemos esperar
O QUE PENSA DILCÉIA PARA A EDUCAÇíO DE MARATAÍZES
Foto: Arquivo Maratimba.com

O pretenso título está longe de representar o que abaixo se descreve, mas serve para ilustrar um pouco do que poderemos esperar desta nova Administração.

Já há algum tempo que venho conversando com diversas pessoas a respeito de certos aspectos da Educação em Marataízes, muito especialmente a respeito da estrutura e do modelo de gestão vigente para o Caic da Barra, nesse sentido, não poderia agir diferente num momento em que se opera mudança de governo, justamente um momento em que se abrem as janelas da esperança.

Assim, na primeira oportunidade, já estando Dilcéia eleita e anunciada como nova Secretária de Educação, a abordei para discutir certos pontos sobre o Caic. Iniciei a conversa afirmando que não entendia o porquê que os governantes de Marataízes davam as costas a um empreendimento como o Caic, empreendimento de grande porte, já pronto e que oferecia a esses governantes, a baixíssimos custos, incontáveis possibilidades a serem exploradas, muitas delas que poderiam até extrapolar as fronteiras diretas da educação alcançando áreas como turismo, ação social e até mesmo saúde pública.

O Caic (Centro de Atendimento Integral a Criança) tem já na sua origem uma linda história. A idéia original surgiu em Brasília com as chamadas Escolas Parque. Estas escolas foram desenvolvidas para dar suporte educacional complementar atuando nas áreas das artes plástica e cênica, música e esporte, além de oferecer inúmeras oficinas profissionalizantes, tais como marcenaria, cerâmica, pintura, dentre outras. Cada Escola Parque oferecia seus serviços para um grupo de em média oito escolas, todas do ensino fundamental, de modo que lá as crianças freqüentavam a escola em um determinado horário e no outro podiam freqüentar as Escolas Parque.

A idéia se popularizou com o saudoso Brizola, ganhou vida e viabilidade com o apoio da mente criativa de Oscar Niemeyer, a quem ficou incumbida à responsabilidade de desenvolver um projeto modular e de baixo custo que viabilizasse a proliferação do que a época seria chamado de Ciep, ou popularmente de Brizolão.

Tempos depois, o governo Federal abraçou a idéia e desenvolveu em moldes similares os Caic, sendo que Marataízes foi agraciada com a implantação de um desses pólos. No Caic, existe além das inúmeras salas de aula, espaço para implantação de laboratório de ciências e informática, salas para estudo musical, biblioteca, auditório, quadra polivalente coberta e ao ar livre, Creche, lavanderia, refeitório, enfim, toda uma estrutura já pronta para ampliar o universo da educação.

Entretanto, o espaço atualmente é um varejão governamental, lá funcionando a própria Secretaria de Educação, Câmara de Vereadores, Almoxarifado central, Posto de Saúde da Família, departamentos de transporte da Educação, Bolsa Família, dentre outros.

Nesse ponto, devemos nos remeter novamente ao título do artigo. Para Dilcéia, o Caic que está localizado em uma área de risco social, que tem como clientela um contingente considerável de alunos oriundos de lares com problemas de desagregação familiar, deve funcionar como Caic, ou seja, oferecer aos seus usuários, além do ensino tradicional, uma complementação pedagógica a ser efetivada por meio de um atendimento realizado em tempo integral. Assim, o aluno teria atividades educacionais, culturais e esportivas o dia inteiro, diminuindo o tempo ocioso dessas crianças e ampliando suas oportunidades de aprimoramento intelectual.

Conversamos ainda sobre vários outros pontos, mais pela importância social que tal atitude pode proporcionar para Marataízes e em especial para a região chamada "rua da Bacia", é que achamos por oportuno propagar e fortalecer essa boa idéia da nova Secretaria de Educação de Marataízes.


    Fonte: O Autor
 
Por:  Renato Alves    |      Imprimir