Para não ficar na mão neste período de crise financeira, o trabalhador poderá ganhar um seguro-desemprego mais reforçado.
Para não ficar na mão neste período de crise financeira, o trabalhador poderá ganhar um seguro-desemprego mais reforçado. Em vez de cinco parcelas, o profissional que perder o emprego deverá ter direito a um benefício de até 12 meses. A medida está em estudo pelo Governo federal, que pretende se pronunciar até o fim do mês.
Segundo o chefe da Seção de Emprego e Salário do Ministério do Trabalho no Estado, Carlos Renato Louzada, a medida vai alterar algumas regras do seguro.
"Hoje o trabalhador precisa contribuir no mínimo seis meses ao INSS para receber o seguro-desemprego. Mas é provável que seja necessário ficar ainda mais tempo empregado para ter direito ao benefício", acredita.
"A demissão de trabalhadores nesses últimos meses foi grande, principalmente na indústria. Acredito que a medida vai minimizar o sofrimento de quem ficar desempregado", opina o diretor jurídico do Sindicato dos Metalúrgicos, Luiz Grazia.
Para o garagista Moisés Dutra, a alteração trará segurança para as pessoas com mais dificuldade para encontrar um novo serviço. "O trabalhador poderá procurar com mais paciência", acredita.
Entenda
Como funciona hoje. A pessoa precisa estar empregada a no mínimo seis meses para receber o benefício. Em novembro de 2008, 13.409 trabalhadores pediram seguro-desemprego no Estado.
Parcelas. Têm direito a três parcelas do benefício pessoas empregadas por seis a 11 meses. Recebem quatro parcelas os trabalhadores que ficaram empregadas por 12 a 33 meses. Cinco parcelas são pagas para profissionais com 24 a 36 meses de empresa.
Pagamento. Os trabalhadores recebem parcelas que variam entre R$ 415 e R$ 776. Para ter direito ao maior valor, a pessoa precisa ter uma média salarial dos últimos três meses acima de R$ 1.120.
Como pode ficar. O Governo pode aumentar para seis, nove ou 12 o número de parcelas do seguro-desemprego.
Em estudo: Bolsa no lugar de demissão
Com a intenção de evitar mais demissões, o Governo também pretende colocar em prática o Bolsa Qualificação. Com a medida, as empresas poderão dar licença aos empregados por no máximo cinco meses e garantir um curso de aperfeiçoamento profissional. Durante o tempo fora do serviço, o profissional recebe um auxílio mensal, disponibilizado pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador.
Mikaella Campos
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Fonte: Gazeta On-line
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