Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 20-01-2009

UM ITAPEMIRINENSE SE DESPEDE
Estou me despedindo de Itapemirim, pois fui transferido para a cidade de Cachoeiro.
UM ITAPEMIRINENSE SE DESPEDE

Depois de exatos 3 anos e 2 meses no governo da Par�quia Nossa Senhora do Amparo, na vila de Itapemirim, no dia 3 de fevereiro pr�ximo receberei do senhor bispo a miss�o de p�roco da Par�quia Nossa Senhora das Gra�as, sediada no bairro IBC, abrangendo tamb�m os bairros Alto Monte Cristo, Baixo Monte Cristo, Jardim Itapemirim, Agostinho Simonato, Cai�ara, Alto Cai�ara, Monte Cristo, S�o Sim�o e Boa Esperan�a.

No ano 2007, tive a honra de receber, da C�mara Municipal de Itapemirim, o t�tulo de cidad�o itapemirinense, uma benevol�ncia do ent�o vereador Dioges C�mara, a quem agrade�o muito. Na ocasi�o, pronunciei um discurso em que ressaltava a import�ncia que aquele t�tulo tinha para mim: tornar-se um cidad�o de um lugar significa assumir aquele lugar para si, suas riquezas como pr�prias, seus problemas como desafios pessoais, seus limites territoriais como espa�o de realiza��o. Foi isso o que procurei fazer nesse tempo que Deus me concedeu para experimentar a grandeza que � residir numa terra t�o ilustre como Itapemirim, com um passado t�o glorioso, com uma hist�ria t�o fascinante e um povo t�o acolhedor.

Tenho a honra de ser natural de S�o Jos� do Cal�ado, extremo sul do Esp�rito Santo, na divisa com o Estado do Rio. Mas amo essa minha segunda cidadania com a mesma rever�ncia e o mesmo orgulho.

Ficar� para sempre guardada em mim, num lugar especial, a lembran�a de cada rosto e cada hist�ria de vida que tive a honra de tocar com o meu sacerd�cio e a minha amizade em Itapemirim. A primeira par�quia um padre nunca esquece! Foi nessas 17 comunidades cat�licas �s margens do glorioso Rio Itapemirim e da rodovia Safra-Marata�zes que eu comecei a aprender o que � propriamente ser um sacerdote, um pastor de almas. Tendo tantos e t�o vener�veis sacerdotes como antecessores no paroquiato de Nossa Senhora do Amparo, que foi erigido em 1769, foi uma imensa honra para mim iniciar o minist�rio de presb�tero, ainda t�o jovem e inexperiente, na mais antiga par�quia do sul do Esp�rito Santo, a primeira da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim.

Fiz muitos e muitos amigos em Itapemirim. Crian�as, adolescentes e jovens, adultos e idosos, homens e mulheres das mais diversas condi��es sociais e graus de escolaridade. Todos que cruzaram o meu caminho, sem exce��o, me acolheram muito bem, com muito carinho. Sa�do os irm�os de outras denomina��es religiosas, inclusive pastores, que sempre respeitaram o meu trabalho. Sa�do as autoridades pol�ticas, jur�dicas e militares, que me deram irrestrito apoio em minhas atividades em prol da promo��o humana e da evangeliza��o. Sa�do de forma especial os meus amigos mais pr�ximos, com quem tive a oportunidade de sentar-me muitas vezes para conversar, encontrar ajuda e afeto, desabafar, confraternizar. Deus aben�oe cada uma das pessoas que assumiram o compromisso de orar por mim. Deus recompense os meus benfeitores, os que me apoiaram mesmo quando percebiam o meu limite e o meu erro, os que me corrigiram e ajudaram a reencontrar o caminho correto nas decis�es a tomar, os que me ajudaram a manter em t�o alta dignidade e admira��o a imagem de padre nessa cidade.

Por tudo, dou gra�as a Deus. Obrigado, Itapemirim! E Deus fa�a nossos caminhos se cruzarem ainda muitas e muitas vezes.


    Fonte: O Autor
 
Por:  Juliano Ribeiro Almeida    |      Imprimir