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Tornar-se fornecedor da Petrobras ou de gigantes do setor petrolífero é uma realidade mais próxima do que se imagina. Tornar-se fornecedor da Petrobras ou de gigantes do setor petrolífero é uma realidade mais próxima do que se imagina. Com o novo investimento de R$ 39,7 bilhões que a estatal fará no Estado nos próximos cinco anos, a expectativa é de assinatura de novos contratos. Apenas no ano passado, a Petrobras comprou bens e serviços no valor de R$ 2,8 bilhões dos cerca de 2 mil terceirizados locais. Empresas que perderam com a crise, como é o caso da Imetame, de Aracruz (Norte do Estado), estão buscando novas oportunidades e já participam das obras de construção da Unidade de Tratamento de Gás Sul Capixaba, em Ubu, Anchieta. Há casos de empresas capixabas que já prestam serviço há mais tempo, como a Centermaq. Ela atende à Petrobras com venda e locação de maquinas copiadoras multifuncionais, máquina de engenharia, gerenciamento de impressão, gerenciamento de documentos e assistência técnica em vários equipamentos. Para micro e pequenas empresas, o acesso ao setor de prestação de serviços pode ser facilitado pela Rede Petro ES, por exemplo. Já são 29 empresas cadastradas, de vários segmentos. Para chegar lá, elas se qualificaram e conseguiram se cadastrar junto à Petrobras e a outras firmas que atuam no setor. Preparação A qualificação existe e beneficia não apenas micro e pequenas empresas. Programas como o Prodfor – desenvolvido pela Federação das Indústrias e entidades com CDMEC, Sinduscon, Sinaenco, Sebrae, Sindicopes e Iema – qualificam as empresas e os funcionários para disputar espaço no mercado fornecedor não só no Estado, mas também fora dele. Para o presidente do CDMEC (entidade que representa as empresas do setor metalmecânico), Fausto Frizzera, a Organização da Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) também atua no sentido de preparar os interessados no país todo. "É importante que o empresário se conscientize da necessidade de se associar a alguma entidade de classe para estar sempre informado sobre o que acontece na sua área, principalmente sobre qualificação e treinamento", disse. Isso ocorreu com a Centermaq, segundo um dos seus sócios, Wendem Brandino. Até 2003, a microempresa prestava serviço de conserto de máquinas de escrever. Modernizou-se, cresceu e passou a fornecer para a Petrobras. Hoje tem 104 funcionários, continua buscando mais qualificação e treinamento, e espera ampliar contratos. Empresa dobrou quadro de funcionários Rodrigo Gonçalves No Sul do Espírito Santo, a chegada de novos empreendimentos da Petrobras, na exploração do pré-sal, eleva as expectativas das empresas prestadoras de serviço. Novos contratos surgiram com o início das obras da Unidade de Tratamento de Gás (UTG-Sul), em Anchieta. Para o diretor da JC. Lima (empresa na área de locação de máquinas e equipamentos portuários), José Costa de Lima, a atuação da Petrobras na região já representa bons resultados. "Somos uma empresa de Anchieta e temos acompanhado o desenvolvimento da região. Antes com a Samarco, e agora também com a Petrobras. Nos últimos cinco anos já registramos um crescimento de 30% nas nossas vendas, dobramos o número de funcionários e aumentamos a nossa frota em mais de 70%", disse Lima. A JC. Lima é apenas uma das várias empresas beneficiadas na região com a construção da UTG-Sul. A empresa é subcontratada da Alusa Engenharia, construtora com sede em São Paulo, responsável pela obra da Petrobras. "Em nosso contrato está especificada a necessidade de aproveitar a mão de obra local e valorizar as empresas não só de Anchieta, mas de Guarapari e de Piúma. Hoje, 65% dos quase 480 funcionários diretos da empresa vêm dessas cidades", destacou o assistente administrativo da empresa, Leonardo Zanpirolli. Além da UTG, a Petrobras também já prevê na região a construção do terminal portuário, em Ubu, onde estudos de perfuração foram realizados na costa do balneário. A estatal teria comunicado ao governo do Estado a necessidade de 36 hectares para a instalação de uma retroárea de apoio ao terminal, mas há especulação de que esse terreno seja ampliado em 110 hectares a partir da exploração da camada pré-sal. Investimento R$ 39,7 bilhões Este é o valor estimado pela Petrobas para ser investido somente no Espírito Santo nos próximos cinco anos no pré-sal, pós-sal e na área de gás natrual. Qualifique-se Rede Petro ES. Este programa foi desenvolvido a partir de uma parceria entre a Petrobras e o Sebrae. Hoje são 29 micro e pequenas empresas associadas aptas a prestarem serviços e fornecerem bens para a Petrobras e outras empresas do setor petrolífero. Mais informações podem ser obtidas na página do programa na internet: www.redepetroes.com.br. Prodfor. Criado por várias entidades ligadas às empresas e em parceria com a própria Federação das Indústrias (Findes), por meio do IEL, o Prodfor é um programa de qualificação que já reúne cerca de 700 empresas capixabas. Mais informações podem ser obtidas na Findes na Avenida Nossa Senhora da Penha, 2.053, Edifício Findes - 2º andar - Vitória - Tel: (27) 3334-5753 / 3334-5746 / 3334-5757. Onip. A Organização Nacional da Indústria do Petróleo é uma entidade criada pelas empresas do segmento que trabalha também no sentido de orientar o setor para a atuação das empresas regionais. No Estado, a representação regional funciona no primeiro andar da Findes, na Avenida Nossa Senhora da Penha, 2.053. Promin. Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural foi criado pelo governo federal em dezembro de 2003 com o objetivo de maximizar a participação da indústria nacional de bens e serviços em bases competitivas e sustentáveis, na implantação de projetos de petróleo e gás natural no Brasil e no exterior. O Programa tem coordenação executiva da Petrobras. Além de ter gerado programas como a Rede Petro em vários Estados, também instituiu os cursos de qualificação de mão de obrann que já qualificou e treinou milhares de pessoas em 17 Estados. Mais informações na internet na página: www.prominp.com.br Denise Zandonadi [email protected] Fonte: Gazeta On-line
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