Categoria Tragédia  Noticia Atualizada em 08-02-2009

Austrália: Vítimas dos incêndios florestais já são 96
Uma vaga de calor na Austrália, com temperaturas acima dos 40º celsius, está a causar a propagação de incêndios florestais. O desastre nacional é já considerado o mais mortífero de sempre.
Austrália: Vítimas dos incêndios florestais já são 96
Foto: Mick Tsikas/Reuters

Pelo menos 96 pessoas já morreram em consequência dos incêndios florestais que lavram na Austrália, anunciou hoje a polícia ao apresentar um novo balanço de vítimas

Estes incêndios, os mais dramáticos de sempre, alastram há 48 horas em três Estados do sudeste do país, sendo Vitória a região mais atingida pela catástrofe.

O anterior balanço apontava para 84 mortos e centenas de habitações destruídas pelas chamas, o que levou as autoridades a mobilizarem unidades militares para ajuda aos três milhares de bombeiros envolvidos no combate às chamas e socorro às populações afectadas.

Existem localidades fortemente atingidas pelas chamas onde a polícia e os bombeiros ainda não conseguiram entrar, desconhecendo-se a situação de alguns moradores, o que leva as autoridades a admitir que o número de vítimas possa vir a aumentar.

Face ao novo balanço, estes incêndios são já considerados os mais mortíferos de sempre no país. Os fogos de 1983 levaram à morte de 75 pessoas no Estado de Vitória e no sul do país, onde em 1939 morreram 71 pessoas em fogos florestais semelhantes

Ventos violentos atiçaram este fim-de-semana mais de 50 incêndios que se propagam desde sábado nos Estados de Vitória, Nova Gales do Sul e aos arredores da capital, Camberra, onde a temperatura atingia hoje valores da ordem de 46 graus Celsius.

Muitas das vítimas foram encontradas carbonizadas dentro de viaturas, tendo sido apanhadas pelas chama quando tentavam fugir.

A polícia já reconheceu que alguns dos fogos podem demorar semanas a controlar e um bombeiro em serviço na zona declarou que a frente de fogo tem várias centenas de quilómetros.

A zona mais atingida é Kinglake, situada a 80 quilómetros a norte de Melbourne, onde 550 casas foram destruídas e foram registadas mais de seis centenas de mortes.

As autoridades australianas ameaçaram punir severamente os incendiários que, segundo pensam, contribuíram para o início dos fogos.

"Alguns incêndios começaram em localidades onde só podiam ser ateados de propósito, nunca provocados por causas naturais", declarou um alto oficial da polícia do Estado de Vitória, Kieran Walshe.

A maioria das mortes ocorreu a noroeste de Melbourne, a segunda maior cidade do país e capital do Estado de Vitória, onde as chamas invadiram bairros habitacionais inteiros e os incêndios continuam fora de controlo.

Os responsáveis afirmam que as condições meteorológicas são piores este ano, devido a uma seca muito propícia à propagação de incêndios.

A empresa Manaus Aerotáxi descartou a hipótese de sobrepeso no avião que caiu no Amazonas, no sábado (7), deixando 24 mortos. Quatro pessoas sobreviveram ao acidente.



A informação foi passada em entrevista coletiva por Marcos Pacheco, vice-diretor da empresa.



Segundo ele, a capacidade da aeronave era de 5 toneladas - contando 100 kg para cada passageiro, daria cerca de quase 3 toneladas.





Peritos da Aeronáutica investigam se houve excesso de peso no avião. Três técnicos foram enviados para o local do acidente.



Dos 24 mortos na queda do avião, em Manacapuru, no Amazonas, 20 eram da mesma família e seguiam para Manaus para participar de uma festa de aniversário. Apenas quatro pessoas conseguiram sobreviver ao acidente.



A Manaus Aerotáxi está no mercado há 10 anos e o avião da Embraer EMB 110 Bandeirante, prefixo PT-SEA, foi o primeiro da empresa. Mas o companhia não soube informar há quanto tempo o avião está em operação nem quanto tempo de voo.

Já o piloto César Leonel Grieger, 47 anos, tinha 23 anos de experiência e estava há oito anos na empresa.

Segundo o coronel Fernando Camargo, vice-chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), o que limita o número de passageiros no avião é o peso que a aeronave transporta.

De acordo com a Aeronáutica, o piloto passou plano de voo pelo rádio informando estar com 20 pessoas a bordo. "O que limita a operação de uma aeronave é o peso que ela transporta, desde que obedeça ao limite de peso no qual ela está autorizada a operar. Precisamos levantar o peso que estava a bordo da aeronave", disse.

Segundo Camargo, peritos da Aeronáutica farão uma avaliação do peso de cada vítima para tentar somar o peso a bordo e tirar uma conclusão a respeito da condição de operação da aenovave. A caixa com a gravação de voz na cabine já está com os peritos.



Ana Lucia Reis Laurea, uma das sobreviventes, disse que pouco antes da queda a hélice esquerda do avião parou. Segundo Camargo, a aerovane estaria com as inspeções em dia.


Vítimas

Vinte e duas pessoas serão enterradas na cidade de Coari, de onde partiu o voo, incluindo o co-piloto da aeronave, Danilson Cirino Ayres da Silva, 23 anos. A secretária de Saúde de Coari, Joelma Gomes de Aguiar, de 34 anos, será enterrada em Manacapuru, e o piloto, César Leonel Grieger , 47 anos, em Manaus.



Dois dos quatro sobreviventes que eram da mesma família foram para Coari.
As outras duas ficaram em Manaus.


"A população de Coari está em choque com essa tragédia", disse o secretário da Casa Civil, Daniel Maciel. Na cidade, que, segundo o IBGE tem 70 mil habitantes, foi decretado luto oficial de três dias e feriado nesta segunda-feira (9) para que as pessoas possam participar do velório.

Fonte:

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Por:  Adriano Costa Pereira    |      Imprimir