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Vamos começar 2009?

Há pouco tempo escrevi nesta coluna sobre a importância do exercício adequado de coordenação das cadeias produtivas de serviços e produtos.
Vamos começar 2009?

Há pouco tempo escrevi nesta coluna sobre a importância do exercício adequado de coordenação das cadeias produtivas de serviços e produtos. Minha convicção está baseada em experiências vividas em atividades de gestão de processos, tanto em organizações públicas quanto privadas, e vem sendo fortalecida nestes momentos de turbulências que vivemos na economia de vários países.
No início de 2009 tomaram posse vários novos prefeitos, alguns em primeiro mandato e outros reconduzidos para uma nova gestão de 4 anos. O cenário atual é bem diferente daquele encontrado por eles no início de 2005. Enquanto naquele a situação era de grande otimismo, produzido pelas condições favoráveis da economia, hoje vivemos uma situação de grande incerteza quanto aos rumos da economia mundial, nos próximos anos. Falamos em nível mundial em função do caráter globalizado das situações presentes e da forte interdependência entre os diversos países.
Frente a incertezas, a primeira providência é uma revisão nos parâmetros da atividade produtiva projetada para os próximos anos, normalmente com metas mais conservadoras provocando, em função disso, redução na geração de impostos e arrefecimento na capacidade de criação de empregos da economia.
Do lado da gestão pública dos municípios, torna-se necessário um ajustamento nos orçamentos recebidos para esse novo mandato, com repercussão na capacidade de atendimento das necessidades crescentes da população. Com isso, ficam comprometidos projetos de investimento, tradicionais criadores de emprego e fomentadores de ações de desenvolvimento. A exceção fica por conta das verbas direcionadas à educação, que tem seu montante recebido atrelado ao número de matrículas no ensino básico. Como nessas circunstâncias cresce a procura pelo ensino público, mais matrículas são feitas e cresce o volume desses recursos transferidos aos municípios. Nesse caso é preciso usar adequadamente os recursos disponíveis, principalmente em ações continuadas de aperfeiçoamento dos professores do sistema municipal de ensino. Com isso nos aproximamos mais da possibilidade de ofertar um ensino público de qualidade superior.
Quando pensamos no segmento privado, o cenário nos leva a sugerir uma postura de reflexão sobre a atual dinâmica da economia. E como isso pode ser feito? A estratégia mais apropriada é aquela que utiliza o espaço da coordenação das cadeias produtivas de serviços e produtos. Se o cenário recomenda cautela, e deixa pouco espaço para ações equivocadas, nada mais adequado do que passar os olhos na cadeia produtiva em que se está inserido, analisando como a situação atual pode afetar o comportamento de cada um dos atores participantes, com ênfase em quem vem antes e depois de você (de quem você "compra" e para quem você "vende). De modo mais amplo, podemos começar a análise pelo consumidor final, nosso maior objetivo, e indo até o primeiro produtor de matéria prima da cadeia. Entendendo isso, podemos redesenhar uma nova cadeia produtiva, mais apropriada aos novos tempos. Um resultado preliminar dessa análise, que se pode adiantar, é que o cenário recomenda estoques mínimos, em razão de demanda flutuante, e se evitar lançar mão de recursos de terceiros (empréstimos), dadas as ainda altas taxas de juros vigentes.
Não se deve esquecer, entretanto, que nos ambientes de dificuldades encontram-se dissolvidas grandes opor-tunidades de negócio. Nesse caso, e se identificadas com segurança, pode-se até pensar em lançar mão de recursos de terceiros. Mas isso é outra história, e pode ser assunto para outro dia.

Fonte: CDL Itapemirim e Marataízes - ES

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