Os truques do Nano para ser o carro mais barato do mundo. Veículo da indiana Tata chega ao mercado com preços a partir de US$ 2.254. Ratan Tata e o Nano, o carro mais barato do mundo
Foto: Ratan Tata e o Nano, o carro mais barato do mundo Há seis anos quando o empresário indiano Ratan Tata prometeu que faria um carro que custaria cerca de 2 500 dólares em seu país, muita gente achou que ele estava blefando. Mas ele chegou lá. O Nano acaba de ser lançado oficialmente e a versão de entrada custará a partir de 2.254 dólares (ou seja menos de 5 400 reais, um valor inacreditável no Brasil).
Os truques do Nano para ser o carro mais barato do mundo
Veículo da indiana Tata chega ao mercado com preços a partir de US$ 2.254.
Ratan Tata e o Nano, o carro mais barato do mundo
Para entender como isso foi possível, EXAME entrou dentro do Nano para analisá-lo e conversou com dois dos pais do projeto que fez o automóvel mais barato do mundo, o indiano Girish Wagh e o inglês Clive Hickman.
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Um dos nosso segredos foi cortar dramaticamente o número de peças, diz Hickman. Um exemplo: a alavanca ao lado do volante aciona o farol e, em outro pedaço, o limpador do para-brisa. Confira outras astúcias que explicam como este modelo chega tão barato às concessionárias da Índia.
Trabalho barato
O salário da mão-de-obra indiana é um dos mais baixos do planeta: um operário especializado ganha cerca de 550 reais por mês.
Economia no motor
Na versão indiana, o motor do Nano tem 2 cilindros, 624 centímetros cúbicos e só 35 cavalos. Calcula-se que o coração mecânico deste Tata custe barato, cerca de 700 dólares. Em compensação, bebe pouca gasolina (23,6 km/litro).
Equipamento enxuto
O modelo básico deste carro sai de fábrica sem rádio, direção com assistência, vidros e travas elétricas. Também esqueça ar-condicionado e aquecedor, inexistentes.
Caça às peças
Para economizar custos, os indianos foram fundo nos cortes de peças redundantes: nesse carro só há um limpador do vidro parabrisa, três parafusos (e não quatro) sustentam suas rodas e o tanque de gasolina fica sob o capô. A vantagem? Não precisa de tampa para proteger o reservatório. Com isso houve uma redução drástica no número de peças para montá-lo.
Apenas o básico
Esqueça o conta-giros. Neste automóvel os instrumentos são básicos: velocímetro, odômetro e medidor de combustível. E o acionamento do limpador de parabrisa e dos faróis é feito pela mesma alavanca. E o estepe não é um pneu como os outros: só serve para rodar até a próxima borracharia.
De grão em grão
Para economizar 10 dólares, os engenheiros do Nano eliminaram mecanismos para ajustar o ângulo dos faróis em função do peso do carro. Em um ano de produção normal, este detalhe significará uma economia de 3,5 milhões de dólares.
O reino do plástico
Como era de se esperar, não há luxo no interior: o painel e o revestimento das portas são de plástico, os tapetes de borracha e os bancos são duros. É menos bonito e mais desconfortável. Mas custa menos.
Meu nome é Pé-de-Boi
A transmissão com quatro marchas é contínua. Menos complexa, precisa de menos dinheiro para ser feita.O mesmo raciocínio vale para os freios, que não são a disco, mas a tambor (e sem ABS, é claro)
Objetos expostos
Esqueça porta-luvas, porta-trecos e também protetor para escamotear a bagagem no compartimento traseiro. No Nano isso seria um luxo.
Volante duro
Mesmo nos modelos mais luxuosos, a direção não tem assistência elétrica ou hidráulica. Em compensação o volante tem um raio curto de manobra
Operação cola
O para-choque é feito de plástico, colado na carroceria
Processo enxuto
A pintura entra uma vez no forno, em vez das convencionais duas. É um terço de economia em comparação aos modelos convencionais
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Fonte: http://portalexame.abril.com.br
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