Categoria Politica  Noticia Atualizada em 24-03-2009

Netanyahu espera resposta trabalhista para formar Governo
Benjamin Netanyahu discursa na Knesset, o Parlamento israelense, em Jerusal�m
Netanyahu espera resposta trabalhista para formar Governo
Foto: AFP

Daniela Brik.

Jerusal�m, 23 mar (EFE).- O l�der do Likud e primeiro-ministro designado de Israel, Benjamin Netanyahu, realiza os �ltimos atos para a forma��o do futuro Governo israelense, ap�s definir hoje a entrada dos ultra-ortodoxos do Shas e � espera de uma resposta positiva do Partido Trabalhista.

Nesta madrugada, Netanyahu assinou um acordo com o grupo religioso sefardita Shas, pelo qual este receber� quatro minist�rios no pr�ximo Executivo, al�m de garantias de uma verba de 1,4 bilh�o de shekels (254,5 milh�es de euros) em assist�ncia social para os pr�ximos tr�s anos.

O Shas, que obteve 11 cadeiras nas elei��es realizadas em 10 de fevereiro, junta-se, assim, ao conservador Likud (27) e ao ultra-direitista Yisrael Beiteinu (15), no que aparece como uma coaliz�o governamental de tend�ncia direitista, mesmo se houver a uni�o dos trabalhistas (13), segundo analistas pol�ticos.

Representantes do Likud e do Partido Trabalhista se reuniram hoje em um hotel da localidade de Ramat Gan, pr�xima a Tel Aviv, a fim de elaborar um documento marco para um acordo de coaliz�o.

Essa minuta, que ser� submetida a debate dentro do Comit� Central do Partido Trabalhista amanh�, levanta pol�mica entre os membros dessa legenda, que acusam o l�der trabalhista, o ministro da Defesa, Ehud Barak, de agir de forma "pat�tica" e amea�am sair da forma��o.

Ap�s obter os piores resultados de sua hist�ria no pleito de fevereiro, Barak prometeu a seu eleitorado que a �nica sa�da para reconstruir a confian�a das bases era passar para a oposi��o.

No entanto, pouco depois, come�ou a "flertar" com a ideia de se juntar a uma coaliz�o liderada por Netanyahu - outrora seu rival pol�tico -, apesar de a dirigente do Kadima, Tzipi Livni, negar-se a fazer parte de um Governo de uni�o nacional sem garantias de que fosse negociado o estabelecimento de um Estado palestino.

Antes de sondar Barak, Netanyahu tentou integrar no futuro Governo o Kadima, que ganhou as elei��es, com 28 deputados, embora o chefe de Estado israelense, Shimon Peres, tenha encomendado ao Likud a forma��o do executivo, por este ter mais apoio parlamentar.

Segundo o ministro da Agricultura, o trabalhista Shalom Simhon, as conversas de hoje se concentram em aspectos diplom�ticos e s�cio-econ�micos.

"Tentaremos chegar a um acordo para poder apresent�-lo na confer�ncia do partido", disse.

Segundo a imprensa local, Barak pede cinco minist�rios: o de Defesa, que quer continuar liderando; o de Ind�stria, Com�rcio e Trabalho; o de Infraestruturas, o de Agricultura, al�m de um quinto ministro sem pasta.

Tamb�m quer que um de seus deputados seja nomeado vice-primeiro-ministro e outro lidere uma comiss�o parlamentar.

Como parte central do acordo, est� um programa para resolver os problemas s�cio-econ�micos, no momento em que a crise financeira mundial come�a a atingir Israel, um dos principais argumentos de Barak para justificar sua entrada em uma coaliz�o de extrema direita.

Ao contr�rio de Livni, Barak n�o parece se preocupar demais com a quest�o diplom�tica e a oposi��o declarada de Netanyahu em concretizar uma solu��o de dois Estados para o conflito israelense-palestino.

O jornal "Ha aretz" antecipa hoje que, para atrair Barak a suas fileiras, o l�der do Likud defende incluir em seu programa de Governo uma f�rmula que defenda continuar a negocia��o com palestinos e s�rios, mas sem as palavras "dois Estados para dois povos".

Este ponto foi duramente criticado pelo ainda chefe do Executivo israelense, Ehud Olmert, que ontem disse que "quem for a um Governo cujos guias n�o incluam o princ�pio de dois Estados para dois povos � conscientemente respons�vel de submeter Israel ao pior isolamento que ter� conhecido desde sua funda��o".

Enquanto isso, Netanyahu est� cada vez mais perto de obter a maioria parlamentar suficiente para governar - precisa de pelo menos 61 cadeiras - e n�o poupa esfor�os para formar uma coaliz�o o mais ampla poss�vel.

"Agora temos 53 deputados, segundo os acordos de coaliz�o, e nos pr�ximos dias trabalharemos para expandir a base parlamentar de apoio a este Governo", disse o negociador do Likud, Gideon Sa ar.

Netanyahu tem at� o pr�ximo dia 3 de abril para apresentar um Governo de coaliz�o. EFE

Netanyahu espera resposta trabalhista para formar Governo em Israel.

Benjamin Netanyahu discursa na Knesset, o Parlamento israelense, em Jerusal�m.

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir