Japão pedirá reunião no CS caso Coreia do Norte lance foguete
Foto: Divulgação Nações Unidas, 2 abr (EFE).- O Japão pedirá uma reunião de emergência no Conselho de Segurança (CS) da ONU se a Coreia do Norte seguir adiante com seus planos de lançar um satélite, que Tóquio e outros países suspeitam que servirá para acobertar o teste de um míssil intercontinental.
Assim disse o embaixador do Japão na ONU, Yukio Takasu, segundo quem os Estados Unidos e a França apoiam a intenção de seu país de pedir a reunião de emergência caso as tentativas diplomáticas para dissuadir Pyongyang falhem.
"Se esses esforços não derem um resultado satisfatório, o Japão pedirá uma reunião de urgência no Conselho de Segurança para discutir este assunto e dar uma resposta, que tem que ser clara e firme", afirmou o diplomata japonês.
Takasu fez estas declarações na saída da reunião do CS que discutiu a agenda mensal do órgão, de acordo com a qual a situação na península norte-coreana pode vir a ser discutida nos próximos dias.
O diplomata também disse que, dentro do CS, há o consenso de que as ações norte-coreanas afetam tanto a segurança do Japão como a segurança internacional e o regime de não-proliferação nuclear vigente na região.
Ainda segundo ele, o Japão está em contato com outros Governos para convencer a Coreia do Norte a desistir do lançamento do satélite, que acontecer em 4 de abril.
Coreia do Norte abastece foguete e faz nova ameaça
"Se a Coreia do Norte seguir adiante com o lançamento, seria uma clara violação à resolução 1.718, que a impede de fazer qualquer tipo de teste com mísseis balísticos", acrescentou. EFE
Japão pedirá reunião no CS caso Coreia do Norte lance foguete
Saiu na Reuters
A Coreia do Norte começou a colocar combustível no foguete que pretende lançar a partir deste fim de semana, segundo a emissora CNN, enquanto os Estados Unidos e seus aliados ameaçaram impor novas punições ao país por supostamente violar sanções da ONU.
Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos consideram que o lançamento na verdade disfarça um teste com o míssil de longo alcance Taepodong-2, capaz de atingir o território norte-americano.
O uso do míssil violaria sanções da ONU em vigor desde um teste anterior, em 2006. Pyongyang diz que seu objetivo é colocar em órbita um satélite de comunicações, como parte de um programa espacial pacífico.
A emissora norte-americana citou na quarta-feira uma fonte militar de alta patente dos EUA segundo a qual a Coreia do Norte começou a abastecer o foguete, que poderia estar pronto para ser lançado dentro de três ou quatro dias.
O lançamento do foguete, que a Coreia do Norte diz que ocorrerá entre os dias 4 e 8, cria uma sombra sobre a cúpula do G20 em Londres.
O Japão mobilizou navios com interceptadores de mísseis na rota do foguete, que passa sobre o arquipélago, e promete abater eventuais destroços que caiam dos seus motores sobre seu território.
A Coreia do Norte, que já fez numerosas ameaças relativas ao lançamento, elevou ainda mais o tom da sua retórica contra Tóquio.
"Se o Japão ’interceptar’ imprudentemente o satélite com propósitos pacíficos da RDPC (sigla oficial da Coreia do Norte), o Exército Popular coreano irá impor de modo inclemente golpes letais não só contra os meios de interceptação já mobilizados, mas contra alvos importantes", disse um porta-voz por intermédio da agência oficial de notícias KCNA.
O Norte mobilizou seus caças mais novos para uma base próxima ao local do lançamento, Musudan-ri, preparando-se para eventuais contingências, disse o jornal sul-coreano Chosun Ilbo citando fontes do governo em Seul.
Esse será o primeiro grande desafio para o governo de Barack Obama no trato com o regime norte-coreano, que mantém relações tensas com Washington devido ao seu programa de armas nucleares.
Em Londres, na quarta-feira, uma fonte oficial dos EUA disse sob anonimato que Washington deve levar a questão do lançamento norte- coreano ao Conselho de Segurança da ONU.
Mas qualquer tentativa de punir a Coreia do Norte deve enfurecer Pyongyang, que também ameaça abandonar as negociações de desarmamento nuclear e retomar as atividades de uma usina capaz de produzir plutônio para armas atômicas, caso sofra novas sanções da
ONU.
Analistas dizem, no entanto, que a China, com quem a Coreia do Norte tem uma relativa proximidade política, impediria a adoção de novas sanções ou o endurecimento das atuais. Pequim tem poder de veto no Conselho de Segurança.
Fonte: Reuters
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