Categoria Geral  Noticia Atualizada em 02-04-2009

Japão pedirá reunião no CS caso Coreia do Norte lance foguet
Japão pedirá reunião no CS caso Coreia do Norte lance foguete
Japão pedirá reunião no CS caso Coreia do Norte lance foguet
Foto: Divulgação

Nações Unidas, 2 abr (EFE).- O Japão pedirá uma reunião de emergência no Conselho de Segurança (CS) da ONU se a Coreia do Norte seguir adiante com seus planos de lançar um satélite, que Tóquio e outros países suspeitam que servirá para acobertar o teste de um míssil intercontinental.



Assim disse o embaixador do Japão na ONU, Yukio Takasu, segundo quem os Estados Unidos e a França apoiam a intenção de seu país de pedir a reunião de emergência caso as tentativas diplomáticas para dissuadir Pyongyang falhem.



"Se esses esforços não derem um resultado satisfatório, o Japão pedirá uma reunião de urgência no Conselho de Segurança para discutir este assunto e dar uma resposta, que tem que ser clara e firme", afirmou o diplomata japonês.



Takasu fez estas declarações na saída da reunião do CS que discutiu a agenda mensal do órgão, de acordo com a qual a situação na península norte-coreana pode vir a ser discutida nos próximos dias.



O diplomata também disse que, dentro do CS, há o consenso de que as ações norte-coreanas afetam tanto a segurança do Japão como a segurança internacional e o regime de não-proliferação nuclear vigente na região.



Ainda segundo ele, o Japão está em contato com outros Governos para convencer a Coreia do Norte a desistir do lançamento do satélite, que acontecer em 4 de abril.

Coreia do Norte abastece foguete e faz nova ameaça


"Se a Coreia do Norte seguir adiante com o lançamento, seria uma clara violação à resolução 1.718, que a impede de fazer qualquer tipo de teste com mísseis balísticos", acrescentou. EFE
Japão pedirá reunião no CS caso Coreia do Norte lance foguete

Saiu na Reuters

A Coreia do Norte começou a colocar combustível no foguete que pretende lançar a partir deste fim de semana, segundo a emissora CNN, enquanto os Estados Unidos e seus aliados ameaçaram impor novas punições ao país por supostamente violar sanções da ONU.

Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos consideram que o lançamento na verdade disfarça um teste com o míssil de longo alcance Taepodong-2, capaz de atingir o território norte-americano.

O uso do míssil violaria sanções da ONU em vigor desde um teste anterior, em 2006. Pyongyang diz que seu objetivo é colocar em órbita um satélite de comunicações, como parte de um programa espacial pacífico.

A emissora norte-americana citou na quarta-feira uma fonte militar de alta patente dos EUA segundo a qual a Coreia do Norte começou a abastecer o foguete, que poderia estar pronto para ser lançado dentro de três ou quatro dias.

O lançamento do foguete, que a Coreia do Norte diz que ocorrerá entre os dias 4 e 8, cria uma sombra sobre a cúpula do G20 em Londres.

O Japão mobilizou navios com interceptadores de mísseis na rota do foguete, que passa sobre o arquipélago, e promete abater eventuais destroços que caiam dos seus motores sobre seu território.

A Coreia do Norte, que já fez numerosas ameaças relativas ao lançamento, elevou ainda mais o tom da sua retórica contra Tóquio.

"Se o Japão ’interceptar’ imprudentemente o satélite com propósitos pacíficos da RDPC (sigla oficial da Coreia do Norte), o Exército Popular coreano irá impor de modo inclemente golpes letais não só contra os meios de interceptação já mobilizados, mas contra alvos importantes", disse um porta-voz por intermédio da agência oficial de notícias KCNA.

O Norte mobilizou seus caças mais novos para uma base próxima ao local do lançamento, Musudan-ri, preparando-se para eventuais contingências, disse o jornal sul-coreano Chosun Ilbo citando fontes do governo em Seul.

Esse será o primeiro grande desafio para o governo de Barack Obama no trato com o regime norte-coreano, que mantém relações tensas com Washington devido ao seu programa de armas nucleares.

Em Londres, na quarta-feira, uma fonte oficial dos EUA disse sob anonimato que Washington deve levar a questão do lançamento norte- coreano ao Conselho de Segurança da ONU.

Mas qualquer tentativa de punir a Coreia do Norte deve enfurecer Pyongyang, que também ameaça abandonar as negociações de desarmamento nuclear e retomar as atividades de uma usina capaz de produzir plutônio para armas atômicas, caso sofra novas sanções da

ONU.
Analistas dizem, no entanto, que a China, com quem a Coreia do Norte tem uma relativa proximidade política, impediria a adoção de novas sanções ou o endurecimento das atuais. Pequim tem poder de veto no Conselho de Segurança.

Fonte: Reuters


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Por:  Crispim José Silva    |      Imprimir