Categoria Geral  Noticia Atualizada em 04-04-2009

Motorista vira motivo de piada após ficar 10 anos com...
Carlos Rocha completa dois anos da retirada do instrumento do peito.
Motorista vira motivo de piada após ficar 10 anos com...
Foto: www.g1.com.br

O motorista Carlos Alexandre da Rocha, 31 anos, disse que virou motivo de piada na cidade de Delmiro Gouveia (AL), depois de ficar dez anos com um bisturi no peito, perto do coração. Ele fez uma cirurgia para retirada do instrumento do corpo em 2007. O bisturi tinha sido esquecido por um médico durante uma outra cirurgia, realizada em 1997.

Ele se identificou com o caso do mergulhador que foi atingido por um arpão na cabeça, no Rio de Janeiro. "Assim como ele, eu virei celebridade, mas não por uma boa coisa. A sorte que, tanto ele como eu, tivemos bom humor e soubemos levar o problema na esportiva", disse o motorista ao G1.

O mergulhador Emerson de Oliveira Abreu, de 36 anos, foi atingido por um arpão no último sábado (28), na Ilha do Governador, no subúrbio do Rio de Janeiro. Ele saiu da água conversando com os amigos e passou por uma cirurgia para retirar o artefato da cabeça.

Rocha disse que as pessoas ainda o reconhecem na rua. "Elas fazem piada do caso. Uns perguntam se eu sou o cara que tinha uma enxada no peito. Outros dizem que eu tinha uma pá no peito. Eu levo tudo na brincadeira, porque eu poderia nem estar vivo hoje para contar essa história. Saí no lucro".

O motorista afirmou que espera conseguir fazer uma cirurgia plástica para tirar as cicatrizes que ficaram no peito após as cirurgias de 1997 e de 2007. "Ficaram muito feias e grandes. Por sorte, essa é a única sequela física que eu tenho hoje. Mas o maior problema ainda é o meu psicológico, pois as marcas que ficaram no corpo ainda me incomodam demais".

O problema do motorista alagoano só foi descoberto em 2005, quase sete anos depois da cirurgia em que o médico deixou o bisturi em seu peito, no Hospital Regional de Delmiro Gouveia. Ele sentiu fortes dores no local daquela cirurgia e fez novos exames. Uma tomografia revelou o instrumento esquecido em seu corpo.

"Ainda bem que não perdi o emprego e minha rotina voltou ao normal", disse o motorista. "Ele está bem de saúde. Depois de tudo que passou, ele merece trabalhar e descansar. Hoje, sou eu que cuido dele, mas como marido", disse a mulher de Rocha, Gilberleide de Souza, 33 anos.

Carlos Rocha completa dois anos da retirada do instrumento do peito.

Fonte:

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Por:  Gabriel Tanure Sad    |      Imprimir